Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
24/09/2010 - 18h29

Morte de panda chinês Kou Kou em zoológico do Japão piora relação entre os países

Publicidade

DE SÃO PAULO
DA FRANCE PRESSE, EM TÓQUIO

Em meio à já tensa relação entre Japão e China, que piorou depois da prisão de um capitão chinês pelo Japão em 7 de setembro, um novo episódio pode aumentar as rusgas entre os dois países. Um panda gigante emprestado pela China a um zoológico japonês morreu na semana passada após receber um anestésico.

As autoridades chinesas abriram uma investigação sobre o incidente que tirou a vida de Kou Kou --ou Xing Xing, em chinês-- na quinta-feira, aos 14 anos.

Jiji Press/AFP - 4.jun.10
O panda gigante Kou Kou --ou Xing Xing-- não resistiu a anestesia para retirada de sêmen
O panda gigante Kou Kou --ou Xing Xing-- não resistiu a anestesia para retirada de sêmen

A ideia era sedar o panda macho para a retirada de sêmen para uma tentativa de inseminação artificial da fêmea Tan Tan (ou Shuang Shuang), da mesma idade, informou um diretor do parque nesta sexta-feira, segundo o jornal britânico "The Independent".

O panda não conseguiu se recuperar da anestesia que recebeu no zoológico de Oji, no porto da cidade japonesa de Kobe, e morreu de parada cardíaca.

O parque reservou um local em homenagem ao panda, onde os visitantes podem deixar flores e mensagens de condolências.

REPRODUÇÃO

Os pandas gigantes, espécie que corre risco de extinção, se reproduzem de forma extremamente lenta em cativeiro.

Depois de tentar em vão que o casal de pandas se reproduzisse naturalmente entre 2003 e 2006, o zoológico de Kobe optou pela inseminação artificial.

Tan Tan chegou a engravidar em 2007, mas o filhote nasceu morto. Pouco depois, deu à luz outro ursinho, que morreu com três dias de vida.

TENSÃO DIPLOMÁTICA

No final do domingo (19), Pequim anunciou o rompimento de contatos ministeriais e de nível das províncias, voltou atrás em conversas sobre assuntos de aviação e adiou encontros para discutir assuntos ligados a energia, incluindo uma segunda rodada de negociações com o Japão sobre reservas de gás.

Tudo começou em 7 de setembro, quando um barco pesqueiro chinês colidiu com duas patrulheiras japonesas, que exigiram que parasse e permitisse uma inspeção, quando trabalhava em águas das ilhas Diaoyu, disputado pelos dois países e por Taiwan. Os 14 tripulantes retornaram à China na segunda-feira passada com um voo fretado por Pequim, enquanto o capitão continuou detido no Japão para investigação. A China anunciou a suspensão de contatos logo após uma corte japonesa aprovar a prorrogação de dez dias de detenção para o capitão Zhan Qixiong, no domingo.

Nesta sexta-feira, o Japão anunciou a libertação do capitão chinês.

As tensões atuais levaram os laços para os piores níveis desde o governo do ex-premiê japonês Junichiro Koizumi (2001-2006), cujas repetidas visitas a um templo de guerra no Japão enfureceram a China.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página