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28/09/2010 - 12h08

Ataque aéreo mata líder da Al Qaeda no Afeganistão e Paquistão, dizem oficiais

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um dos líderes da rede terrorista Al Qaeda, Shaikh Al Fateh, morreu no domingo passado (26) em um ataque com avião não tripulado na região tribal do Paquistão, fronteira com o Afeganistão, disseram oficiais de inteligência nesta terça-feira. O ataque foi atribuído aos Estados Unidos, único com este tipo de equipamento na região.

Al Fateh viajava pelo Waziristão do Norte, região conhecida como reduto da Al Qaeda e do grupo islâmico Taleban, quando seu veículo foi atingido por um míssil, disse um oficial. "Quatro árabes viajavam no veículo e Shaikh Al Fateh era um deles", disse a fonte, sob anonimato, identificando Al Fateh como "um importante líder da Al Qaeda".

Segundo o "LongWarJournal.org", que acompanha a movimentação dos grupos militantes no Paquistão e Afeganistão, Al Fateh, também conhecido como Shaikh Fateh Al Masri, é o comandante operacional da Al Qaeda nos dois países e assumiu o cargo após a morte de Mustafa Abu al-Yazid, também em um ataque de avião não tripulado, em maio de 2010.

Muitos membros da Al Qaeda e do Taleban fugiram para o noroeste do Paquistão depois da invasão americana ao vizinho Afeganistão e a derrubada do Taleban. De seus redutos, eles planejam ataques contra as tropas ocidentais.

Nos últimos meses, os Estados Unidos aumentaram a frequência dos ataques com mísseis nas áreas tribais, a maioria deles registrados no Waziristão do Norte. Fontes dizem que o alvo é um filho de Jalaluddin Haqqani, líder de um grupo insurgente de mesmo nome. Sirajuddin Haqqani foi quem efetivamente assumiu o comando da facção militante após a morte do pai.

Os militares americanos não confirmam ataques de aviões não tripulados, mas suas Forças Armadas e a CIA (agência de inteligência americana), que operam no Afeganistão, são as únicas que têm estas aeronaves na região.

Oficialmente, Islamabad nega que autorize os ataques de aviões não tripulados e chegou diversas vezes a criticá-los por ameaçar civis e romper com a soberania nacional. Fontes paquistanesas e dos EUA, contudo, afirmam que existe um consentimento tácito e que os serviços de inteligência dos dois países compartilham informação sobre os alvos.

Os agentes de combate ao terrorismo nos EUA veem nestes ataques uma forma eficiente de combater grupos terroristas e prejudicar suas operações, sem colocar em risco agentes do país.

Com poucas opções de ferramentas para enfrentar militantes escondidos em áreas tribais remotas e regiões montanhosas, o programa de aviões não tripulados encontra apoio no Congresso e foi significativamente ampliado no governo de Barack Obama --que já realizou mais destes ataques do que nos oito anos do governo de George W. Bush.

 

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