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05/10/2010 - 10h26

ONU contabiliza 400 crianças mortas por contaminação de minerais na Nigéria

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DA EFE

Ao menos 400 crianças abaixo de cinco anos morreram nos últimos meses na Nigéria contaminadas por chumbo, cobre e mercúrio, em consequência do trabalho em minas de ouro, segundo pesquisas preliminares da ONU.

O aumento do número de mortes se baseia nos dados de um relatório preliminar realizado por uma equipe de analistas da ONU na Nigéria, como anunciou hoje em Genebra Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha).

Na semana passada, o grupo esteve no país africano, depois de o governo pedir ajuda da ONU ao detectar que ao menos 200 crianças tinham morrido e outras 18 mil pessoas estavam contaminadas pelos minerais.

Byrs esclareceu que o número de poderia ser maior, já que se baseia nas primeiras investigações da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) -- que colabora com o relatório -- e que muitos casos não são registrados.

Além disso, as mortes confirmadas só concernem a crianças menores de cinco anos.

Pelos primeiros resultados da equipe de urgência, que analisa os níveis de em cinco povoados diferentes, a água dos tanques está poluída e a concentração de mercúrio no ar é cem vezes superior ao estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Uma intervenção urgente e coordenada é necessária para frear mais mortes", advertiu Byrs.

A principal causa dos envenenamentos é o trabalho em minas de ouro, altamente poluentes, das minas contíguas às comunidades.

Além disso, Byrs acrescentou que grande parte da população não informa sobre os novos casos de contaminação porque 'tem medo de não poder continuar com estas atividades', que foram proibidas na semana passada pelo governo nigeriano.

A busca por ouro é uma fonte de renda primordial para a população destas localidades.

O envenenamento pode provocar danos irreparáveis ao sistema nervoso nas crianças e provocar deformações congênitas nos primeiros anos de vida, efeitos nocivos que exigem um tratamento que 'a maior parte da população não pode custear', concluiu Byrs.

 

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