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07/10/2010 - 05h33

Serviço secreto do Paquistão incita talebans a lutar contra Otan, diz jornal

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DA EFE

Os serviços secretos paquistaneses (ISI) estão incentivando os dirigentes talebans no Afeganistão a combater as forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), segundo reportagem do "The Wall Street Journal".

EUA e Afeganistão mantêm contatos com rebeldes, diz jornal

Enquanto os governos dos Estados Unidos e do Afeganistão tentam persuadir os comandantes de grupos de combatentes talebans a deporem as armas em troca de dinheiro e postos de trabalho, o ISI os estimula a continuar na luta armada, assinala o jornal.

"O ISI pretende deter os comandantes que não cumprirem suas ordens", afirmou ao jornal nova-iorquino "um comandante taleban na província de Kunar".

Essa fonte taleban indicou também que o ISI quer que os rebeldes afegãos matem "qualquer um -- seja policiais, soldados, engenheiros, professores, civis -- para atemorizar a população".

Outro "comandante da milícia", na província de Paktia, afirmou ao jornal que "o ISI está apoiando aqueles que estão sob seu comando com dinheiro, armas e refúgio em solo paquistanês".

No entanto, um "alto funcionário paquistanês" desmentiu que os serviços secretos do país estejam atuando dessa maneira.

"Quando algo está ruim no Afeganistão, jogam-se as culpas no ISI. Veem agentes do ISI por trás de cada arbusto no Afeganistão", comentou a fonte paquistanesa.

Por sua vez, "funcionários americanos" citados pelo "The Wall Street Journal" afirmam que o ISI está pressionando os talebans porque o governo paquistanês quer influir no processo de paz entre o governo afegão e os talebans.

O ISI tinha estreitas relações com os talebans quando estes estavam no poder no Afeganistão, desde meados dos anos 1990 até a invasão dos Estados Unidos no final de 2001.

As relações entre EUA e Paquistão estão em um tenso período depois que a Casa Branca enviou nesta semana ao Congresso um relatório muito crítico sobre o papel de Islamabad no combate ao terrorismo. Os atritos se agravaram quando um ataque aéreo americano matou três soldados paquistaneses perto da fronteira com o Afeganistão.

 

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