Sobe para 8 número de mortos por vazamento tóxico na Hungria

Chegou a oito o número de mortos em decorrência do vazamento de lama tóxica no oeste da Hungria, depois de as equipes de resgate encontrarem o corpo da última pessoa desaparecida.

O corpo foi achado no lodo, entre as localidades de Devecser e Kolontar, informou à agência Efe a porta-voz de Defesa Civil, Györgyi Tüttös.

A ruptura de um dique que acumulava resíduos tóxicos de uma fábrica de alumínio há uma semana deixou ainda ao redor de 150 feridos, além de afetar uma área de cerca de 40 quilômetros quadrados.

As autoridades focam no momento na finalização da construção de um dique de contenção diante do provável desmoronamento do muro norte da represa que vazou.

Com uma extensão de 1.500 metros, cinco de altura e 25 de largura, o objetivo da obra é evitar que um novo vazamento arrase a já evacuada localidade de Kolontar.

	Samuel Kubani/AFP
	Trabalhadores atuam em rua coberta de lama em Devecser; dique para deter lama deve ficar pronto amanhã

PRISÃO

Ontem, em pronunciamento ao Parlamento, Orban afirmou que a fábrica de alumínio MAL, responsável pelo vazamento, foi nacionalizada temporariamente. E, nesta segunda-feira, que o presidente da empresa, Zoltan Bakonyi, foi preso para interrogatório.

As informações são da rede britânica BBC.

De acordo com o site da emissora, o líder acrescentou que nacionalização da companhia será mantida até que quatro operações do Estado em relação ao desastre estiverem finalizadas.

A lista inclui as indenizações que devem ser pagas aos atingidos pela lama tóxica, a garantia por parte da fábrica de que os empregos de seus funcionários sejam garantidos, que os responsáveis pelo desastre sejam julgados e que indústrias com riscos potenciais sejam identificadas.

O primeiro-ministro afirmou ainda que um comissário estatal seria indicado para controlar a empresa e gerenciar seus bens.

DIQUE DE EMERGÊNCIA

Autoridades húngaras estimarem para amanhã (12) a conclusão do dique de emergência para deter a maré de lama vermelha altamente tóxica que vazou do depósito de uma fábrica de alumínio em Ajka, 160 quilômetros a oeste de Budapeste.

Tibor Dobson, porta-voz das equipes de atendimento a emergências, disse que moradores da vila próxima de Kolontar continuarão em abrigos de emergência.

Kolontar foi esvaziada no sábado (9), depois que foram vistas rachaduras em uma das paredes do reservatório, o que indica o risco de um novo vazamento.

Um time de especialistas em meio ambiente da União Europeia (UE) deve chegar à Hungria nesta segunda-feira para auxiliar as autoridades na resposta ao desastre.

A cidade de Devecser, que abriga 5.400 pessoas, continua em estado de alerta. O Exército enviou mais de 300 soldados e 127 veículos de transporte à cidade.

O governo húngaro fez uma reunião de emergência neste domingo para avaliar a extensão do desastre. O premiê irá informar legisladores sobre os planos do governo em um discurso no Parlamento ainda hoje, de acordo com a mídia local.