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15/10/2010 - 15h41

EUA se dizem "decepcionados" por licença de Israel a novas construções em Jerusalém

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DA FRANCE PRESSE

Os EUA se disseram nesta sexta-feira "decepcionados" com os planos de Israel de construir 238 novas casas de colonos em Jerusalém Oriental, afirmando que essa atitude mina os esforços americanos de retomar as negociações de paz entre israelenses e palestinos.

"Estamos decepcionados com o anúncio de novas licitações em Jerusalém Oriental. Isto é contrário aos nossos esforços para retomar as negociações diretas entre as partes", disse o porta-voz do Departamento de Estado Philip Crowley em uma coletiva de imprensa.

Segundo o jornal israelense "Yediot Aharonot", no entanto, o governo deu autorização às novas construções apenas após informá-las aos EUA. Os EUA vêm fazendo esforços intensivos para manter vivas as negociações de paz diretas entre as duas partes.

As licitações para as obras lançadas hoje pelo Ministério da Habitação são as primeiras desde a expiração do congelamento de dez meses na expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia no fim de setembro.

Embora Jerusalém Oriental não tenha sido incluída na moratória anunciada no ano passado, as novas autorizações sinalizam intenção de Israel de não ceder às pressões internacionais para cessar a expansão das colônias em nome das conversas de paz.

O plano israelense para Jerusalém prevê mais construções em dois "bairros" predominantemente judaicos, conforme a descrição de Israel, em Jerusalém Oriental e em partes da Cisjordânia que Israel anexou para fazer parte de sua capital, em iniciativa que nunca teve reconhecimento internacional.

Israel insiste que Jerusalém Oriental nunca fez parte de qualquer congelamento das construções nos assentamentos, embora muitos planos de construção na cidade tenham sido suspensos, sem alarde, após divergências com Washington em torno de ofertas de construção trazidas à tona durante visita em março do vice-presidente americano, Joe Biden.

PALESTINOS

O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, acusou Israel de priorizar "os assentamentos em detrimento da paz" ao comentar as novas autorizações.

Em comunicado à imprensa, Erekat disse que, ao concordar em levar a público os planos para mais construções o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, "demonstrou porque não há negociações hoje".

Relançadas em 2 de setembro, as negociações estão em um impasse por causa da recusa de Israel de prorrogar o congelamento de dez meses nas construções, que se encerrou em 26 de setembro.

Os palestinos alegam que a construção de novas unidades nos assentamentos judaicos na Cisjordânia, território capturado por Israel em uma guerra em 1967, solapa os esforços para a criação de um Estado palestino viável e contíguo.

Ontem (14), o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, havia expressado esperança de que os EUA convençam Israel e decretar novo congelamento das colônias.

No último dia 9, a Liga Árabe deu um mês ao governo americano para que o faça.

 

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