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18/10/2010 - 19h36

Mineiro boliviano retorna do Chile como herói e aceita oferta de emprego de Evo Morales

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DA REUTERS, EM LA PAZ

O boliviano Carlos Mamani, o único estrangeiro entre os 33 mineiros resgatados na semana passada no norte do Chile, foi recebido como herói nesta segunda-feira em La Paz, onde aceitou convite para trabalhar na petroleira estatal YPFB.

Mamani foi recebido por dois ministros no aeroporto da cidade de El Alto e conduzido com escolta oficial até o Palácio Quemado, onde o presidente Evo Morales ofereceu um almoço de boas-vindas e reiterou uma oferta de trabalho.

"Estou muito agradecido, não esperava algo assim", disse a jornalistas o trabalhador, que conquistou fama mundial junto com os outros 32 homens com quem passou quase 70 dias soterrado após o acidente em uma mina perto da cidade de Copiapó.

"O presidente Morales me ofereceu um trabalho seguro, uma casa. Estou muito orgulhoso e voltarei a morar na Bolívia", afirmou Mamani, de 21 anos, acrescentando que agora se sente também um pouco chileno por ter renascido graças à operação de resgate na mina San José.

Ele acrescentou que aceitou trabalhar na YPFB Transportes, do grupo YPFB, na cidade de Cochabamba, onde pode ocupar o cargo de chefe do transporte motorizado.

Um parente que acompanhou Mamani no encontro com Morales disse que ele passará a ganhar o equivalente a US$ 1.000 por mês, quase 10 vezes o salário mínimo nacional.

Mamani disse que antes de voltar em definitivo à Bolívia pretende permanecer no Chile o tempo que for necessário para cuidar de vários assuntos, entre eles a abertura de um processo contra a mina San José.

"Vou voltar à Bolívia quando acertar tudo no Chile", explicou o mineiro, que recebeu a visita de Morales logo após ser resgatado do fundo da mina.

Segundo o cônsul da Bolívia no Chile, Walker San Miguel, Mamani decidiu voltar a morar na Bolívia "porque em Copiapó já não conseguia mais viver" devido ao assédio da mídia e de curiosos, entre outras razões.

 

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