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Médicos confirmam que Lugo foi submetido a exames após taquicardia
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DA EFE
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em tratamento desde agosto contra um câncer linfático, foi levado no sábado passado a um centro médico de Assunção por apresentar taquicardia, confirmou nesta quinta-feira um de seus médicos.
"Não foi nada grave. Ele teve taquicardia e por precaução [o levamos ao centro médico]", afirmou o médico Alfredo Boccia à estatal Radio Nacional del Paraguay.
O médico destacou que foi feita uma radiografia do tórax e uma ultrassonografia do pescoço, e que, em seguida, Lugo foi para sua residência sem a necessidade de medicação adicional à de seu tratamento contra o câncer.
Ele acrescentou que se tratou de "um caso dos tantos que podem ocorrer em pacientes submetidos à quimioterapia".
No domingo, Lugo "não apresentava sintomas, por isso que não divulgamos [o fato]", ressaltou o médico, respondendo assim ao jornal "ABC Color".
O jornal, o de maior circulação no país, afirmou nesta quinta-feira que Lugo "foi internado de emergência na noite de sábado em um centro hospitalar" e que o fato "foi ocultado".
"No domingo, Lugo seguiu sua agenda e na segunda-feira foi a sete estabelecimentos industriais", ressaltou Boccia.
Por recomendações médicas, o chefe de Estado realizou hoje suas tarefas oficiais na residência presidencial, já que está no último dia 15 teve sua quarta sessão de quimioterapia.
"Sempre há uma semana de maior cuidado, que se repetirá após cada ciclo, sem a necessidade de cortar suas atividades habituais", afirmou o médico.
RESTRIÇÃO DE INFORMAÇÕES
Na semana passada, o irmão de Lugo, Pompeyo, decidiu retirar uma ação judicial apresentada por ele com o objetivo de restringir informações sobre o estado de saúde do chefe de governo.
Pompeyo afirmou ter feito a apresentação do recurso, por meio de um advogado, para evitar distorções sobre a questão. O porta-voz presidencial, Augusto dos Santos, esclareceu que o mandatário não solicitou que a família interviesse.
Desde que Lugo descobriu sofrer de câncer, tanto seus médicos como outros profissionais da saúde opinam com frequência sobre o tema.
O advogado que apresentou o amparo em nome de Pompeyo Lugo, Juan Francisco Valdéz, afirmou que tinha a intenção de evitar que o chefe de Estado fosse "objeto de opiniões infundadas e desautorizadas que confundem a cidadania".
Nas últimas semanas, governistas e opositores também têm discutido bastante sobre o tema da saúde de Lugo, além de questionar se seria o caso de o mandatário solicitar uma licença para tratar-se. Mas membros da equipe médica que o atende afirmam que ele está em boas condições clínicas.
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