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Americano libertado deixa Irã após 2 anos e meio na prisão
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DA REUTERS, EM TEERÃ
Um iraniano-americano libertado após dois anos e meio de prisão numa cadeia de Teerã deixou o Irã nesta quinta-feira rumo aos Estados Unidos, disse um amigo dele.
Reza Taghavi foi detido em maio de 2008 por dar US$ 200 ao grupo Tondar [trovão], que tem como objetivo derrubar a República Islâmica e restabelecer a monarquia iraniana que foi deposta na revolução de 1979, de acordo com o site do grupo.
"Reza Taghavi deixou o Irã acompanhado por sua mulher e pelo advogado...Ele fará uma conexão em Londres para ir à América", disse o amigo Ali Masayebi.
Após sua libertação no sábado, Taghavi, um empresário aposentado de 71 anos, afirmou que lhe haviam solicitado dinheiro, mas ele não sabia que era destinado a um grupo militante ilegal.
Ele disse que planeja processar o grupo.
Taghavi, que visitava frequentemente o Irã a negócios, nunca foi acusado formalmente pelo Judiciário.
Ainda na quinta-feira, o canal iraniano de língua inglesa Press TV exibiu as "confissões" de um homem que disse ter trabalhado para o Tondar e planejava detonar uma bomba caseira num complexo judiciário de uma província iraniana.
Ali Motlaq, que, segundo a Press TV, recebeu a promessa de assistência financeira e asilo no Ocidente pelo trabalho com o Tondar, afirmou ter ajudado a fabricar uma bomba de 6 quilos, mas não deixou claro se o artefato explodiu.
Outros dois norte-americanos estão presos no Irã desde 31 de julho de 2009, depois de serem presos perto da fronteira com o Iraque. Eles são acusados de espionagem, mas as famílias deles afirmam que eles estavam fazendo uma trilha na região e podem ter ultrapassado a fronteira por acidente.
Uma colega deles, Sarah Shourd, foi libertada após pagar uma fiança de US$ 500 mil e voltou aos EUA, mas as autoridades iranianas afirmam que os dois homens serão julgados em 6 de novembro.
As detenções prejudicaram ainda mais as relações com Washington, que rompeu os laços diplomáticos com o país pouco após a revolução islâmica de 1979 e acusa o Irã de tentar fabricar uma bomba nuclear, alegação que Teerã nega.
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