Publicidade
Publicidade
Nos EUA, partidos têm arrecadação recorde após mudança na lei que facilitou doações
Publicidade
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
Mais de US$ 3,5 bilhões foram gastos até a última semana por candidatos, partidos e grupos privados em campanhas ao Congresso dos EUA, quantia que vem beneficiando republicanos depois que uma mudança na lei permitiu doações anônimas de empresas.
O dado foi calculado pela ONG OpenSecrets, que monitora uso de verba em lobby e campanhas.
O grupo prevê que o total chegará a US$ 3,7 bilhões, o que tornará as eleições para o Congresso deste ano as mais caras da história -abundância que destoa da situação econômica no país.
É um rio de dinheiro cuja nascente é difícil de ser apontada. A decisão da Suprema Corte que facilitou doações privadas no início do ano permite que corporações canalizem fundos para órgãos que não são obrigados a divulgar doadores, incluindo grupos partidários e a Câmara de Comércio americana.
Esta, ligada ao antigo assessor de George W. Bush (2001-09) Karl Rove, enviou US$ 7 milhões a republicanos só na semana retrasada.
O primeiro lugar coube a um dos centros burocráticos da oposição, o Comitê Nacional Republicano, que gastou quase US$ 12 milhões na última semana computada.
Dos dez maiores financiadores de campanha dos últimos dias, seis gastam exclusivamente em campanhas republicanas. Três dedicam 100% da verba a democratas, e um dividiu doações.
Seis grupos do ranking são privados e quatro são dos partidos. No total, republicanos foram agraciados com US$ 40 milhões, e democratas, com US$ 28 milhões.
VANTAGEM
Tradicionalmente mais alinhados a interesses de grandes empresas, os republicanos vêm contando com vantagens, após a mudança na lei, que não passaram despercebidas ao governo.
David Axelrod, assessor especial do presidente Barack Obama, afirmou que 'obviamente há enorme vantagem para os republicanos, mas isso não é apenas uma ameaça [aos democratas]'.
'Se alguém pode entrar num escritório do Congresso e dizer, 'se você não votar como eu quero, ano que vem darei US$ 10 milhões a Karl Rove', que tipo de impacto isso terá no país?'.
Para Axelrod, a própria democracia está a perigo.
A diferença geral vem acentuando para o lado republicano, mas esse resultado varia quando consideradas campanhas específicas. Em algumas disputas apertadas, como para o Senado da Califórnia, os democratas arrecadaram mais.
Com pouco mais de uma semana para a eleição e todas as projeções apontando para ganhos republicanos, a acelerada financeira da oposição na reta final não é boa notícia para os democratas.
+ Notícias sobre os EUA
- Obama pede "fé" aos eleitores e diz que não haverá mudanças sem luta
- Farc ordenam assassinato de jornalista que colaborava com os EUA
- ONU pede explicações aos EUA após WikiLeaks; premiê do Iraque acusa site de sabotagem
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice