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26/10/2010 - 21h41

Três semanas após eleições, esquerdista Susana Villarán é eleita prefeita de Lima

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DA REUTERS, EM LIMA

A esquerdista Susana Villarán se transformou nesta terça-feira na virtual prefeita de Lima, o maior colégio eleitoral do Peru, depois que sua principal rival aceitou a derrota numa eleição acirrada que pode sinalizar uma tendência de cara às eleições presidenciais de 2011.

Villarán, uma educadora de 61 anos, se transformou na primeira esquerdista a conquistar a capital do país em quase três décadas, após a disputa eleitoral de 3 de outubro.

"Há uma vitoriosa nas eleições; é [o partido] Força Social e Susana Villarán, a quem, neste momento, reconheço como vitoriosa nestas eleições e a cumprimento democraticamente desejando sucesso", declarou sua rival e conservadora Lourdes Flores, em entrevista.

O colégio eleitoral do Peru levou mais de três semanas contando os votos das eleições municipais devido ao grande número de cédulas eleitorais com problemas.

Com cerca de 97% dos votos apurados, Villarán tem 38,4% e Flores 37,6%, com estreita diferença de apenas 36.480 votos.

"Agradeço o gesto democrático de Flores", disse Villarán à radio local RPP ao comentar as declarações de sua rival.

Villarán cresceu com força na reta final das eleições, o que preocupou alguns investidores que temem o nascimento de um candidato presidencial de esquerda que ameace os milionários investimentos estrangeiros no Peru, importante produtor de matérias-primas.

Além de prefeitos, os peruanos elegeram ainda autoridades regionais, que, de acordo com os resultados, mudaram o mapa político do país andino a quase seis meses das eleições presidenciais.

A mudança se dá devido à vitória dos independentes e de líderes regionalistas que deflagraram uma contundente derrota a partidos tradicionais, como o Apra.

Para atenuar os temores de investidores, Villarán declarou que sua postura política nada tem a ver com "posições radicais", como as do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que diz levar adiante uma "revolução socialista", além de ser feroz crítico dos Estados Unidos.

 

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