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27/10/2010 - 22h55

Raúl Castro envia mensagem de condolências pela morte de Kirchner

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DA EFE, EM HAVANA

O presidente de Cuba, general Raúl Castro, manifestou "suas mais sentidas condolências" em mensagem enviada à presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, pela morte de seu marido e ex-presidente, Néstor Kirchner, informou a televisão estatal da ilha.

"Raúl expressou à Cristina, em nome do governo e do povo cubano, as mais sentidas condolências, extensivas à sua família e ao irmão povo argentino", diz o texto da mensagem lido pelo locutor do informativo noturno.

O comunicado incluiu uma reportagem sobre as reações geradas na Argentina pela morte do ex-presidente e secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

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Guillermo Legaria/AFP
Morre aos 60 anos o mais influente político da Argentina, Néstor Kirchner; trajetória foi rápida e bem-sucedida
Morre aos 60 anos o mais influente político da Argentina, Néstor Kirchner; trajetória foi rápida e bem-sucedida

Kirchner morreu na manhã desta quarta-feira, vítima de uma crise cardiorrespiratória. Líder do país entre 2003 e 2007, o ex-presidente, de 60 anos, tinha forte proximidade com políticos esquerdistas dos demais países da região.

De acordo com informações divulgada há pouco, os restos mortais do argentino serão velados a partir das 12h locais [13h no horário de Brasília] desta quinta-feira na Casa Rosada [sede do governo]. O evento terá duração de 48 horas e se constituirá na primeira cerimônia do tipo, já que ex-chefes de Estado habitualmente são recordados no Congresso.

PODEROSO

Kirchner era considerado o político mais poderoso do país, e muitos asseguravam que ele estava por trás de cada uma das decisões da atual mandatária, a sua mulher Cristina Fernández de Kirchner.

O político, que havia exercido o cargo de governador na Província produtora de petróleo de Santa Cruz, na Patagônia, chegou à Presidência da Argentina em 2003, depois que o ex-presidente Carlos Menem desistiu de sua candidatura.

Kirchner assumiu com baixa popularidade e escasso poder político em nível nacional. Rapidamente, porém, conseguiu o apoio de muitos argentinos e construiu uma ampla rede de poder.

Foi o responsável por liderar a recuperação da Argentina da crise de 2001-02, a pior de sua história, promovendo um forte crescimento econômico. Devido a isso, muitos argentinos o veem como um presidente que lutou contra a pobreza e o desemprego.

À frente da Argentina, o ex-presidente costumava fazer discursos inflamados de retórica esquerdista e críticas abertas a rivais políticos, empresas privadas e ao Fundo Monetário Internacional.

Patrocinou ainda uma política de direitos humanos que buscou pôr atrás das grades os repressores da ditadura militar.

Ao terminar seu mandato, em 2007, decidiu estrategicamente ceder a candidatura presidencial governista à sua mulher, a quem havia conhecido na faculdade de Direito da Universidade de La Plata (cerca de 60 km ao sul da capital, Buenos Aires) nos turbulentos anos 1970.

 

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