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29/10/2010 - 10h08

Sarkozy diz que "ninguém ditará política da França" em resposta a ameaças de Bin Laden

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DA FRANCE PRESSE

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou nesta sexta-feira que o seu país "não ditará sua política por ninguém, muito menos por terroristas", em reação às ameaças do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, divulgadas anteontem (27).

"A lei sobre a burca foi votada e promulgada. A República da França indicou claramente a sua decisão. Não quer que em seu território as mulheres possam ser aprisionadas, mesmo que por telas", disse o presidente.

No início deste mês, o Conselho Constitucional francês deu aval ao projeto de lei já aprovado pelo Congresso que proíbe o uso da burca --véu islâmico que cobre o rosto da mulher-- em locais públicos. A lei deverá entrar em vigor a partir do ano que vem.

Na mensagem divulgada na última quarta-feira pela TV Al Jazeera, Bin Laden diz que o sequestro de cinco franceses ocorrido no Níger no mês passado é resultado do que chamou de injustiças contra muçulmanos na França.

"Se vocês, injustamente, pensaram que é seu direito evitar que mulheres muçulmanas livres usem véus inteiros, não é nosso direito expulsar o seus invasores e cortar os seus pescoços?"

Bin Laden usou a mensagem ainda para exigir o fim da "intervenção nos assuntos dos muçulmanos no Norte e no Oeste da África" e a retirada das tropas francesas no Afeganistão, ameaçando promover novos sequestros caso isso não ocorra.

Ontem (28), o chanceler francês, Bernard Kouchner taxou as ameaças de "inaceitáveis" e aproveitou para lembrar que o nível de vigilância antiterrorista no país é "extremamente elevado".

O ministro afirmou que o governo francês não foi surpreendido pela ameaça. "Mantemos um nível de vigilância e de preparação em todos os sentidos do termo extremamente elevado e assim continuaremos."

A Chancelaria da França confirmou também ontem que a mensagem divulgada ontem (27) pela TV Al Jazeera, sediada no Qatar, "pode ser considerada" autêntica.

 

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