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29/10/2010 - 15h08

Começa cortejo fúnebre com corpo do ex-presidente argentino Néstor Kirchner

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Atualizado às 15h19.

Sob mau tempo e em meio à comoção de milhares de pessoas, teve início às 13h17 (14h17 no horário de Brasília) desta sexta-feira o cortejo fúnebre com o corpo do ex-presidente Néstor Kirchner, morto na última quarta-feira (27), até o Aeroparque de Buenos Aires, de onde partirá de volta à Província de Santa Cruz, sua terra natal e onde deverá ser enterrado ainda hoje.

O cortejo avança lentamente pelas ruas da capital argentina, com muitas pessoas sob a chuva tentando tocar o veículo que transporta o ex-presidente e um forte esquema de segurança. Admiradores de Kirchner acorrem aos locais por onde o cortejo vai passar, e nas pontes bandeiras e cartazes ostentam mensagens de despedida.

O cortejo, iniciado na Casa Rosada, a sede do governo, passará pelas principais avenidas de Buenos Aires, como Alem, Cordoba, 9 de Julio, Del Libertador, Figueroa Alcorta e a rua Salguero, e deve levar horas.

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Quatro aviões levarão o corpo de Kirchner, familiares e apoiadores a Río Gallegos, capital de Santa Cruz, que já se prepara para o enterro de seu filho mais ilustre num jazigo familiar do cemitério local.

No cemitério, como antecipou nesta quinta-feira o vice-governador da Província de Santa Cruz, Hernán Martínez Crespo, só a família e o círculo mais íntimo assistirão a uma breve cerimônia e ao sepultamento.

Daniel Garcia/AFP
Admiradores seguem veículo com o corpo do ex-presidente Néstor Kirchner, que será enterrado em Río Gallegos
Admiradores seguem veículo com o corpo do ex-presidente Néstor Kirchner, que será enterrado em Río Gallegos

O velório do ex-presidente, iniciado ontem (28) às 10h locais, estava previsto para terminar às 11h locais de hoje, mas teve de ser estendido devido à pressão da população que ainda aguarda aos milhares para se despedir do ex-líder peronista, que fez com que os portões da Casa Rosada fossem reabertos, pouco antes da presidente Cristina Kirchner regressar ao local.

Acompanhada dos filhos Máximo e Florencia, Cristina foi recebida sob fortes aplausos dos argentinos que foram ao local para dar seu último adeus a Néstor, que morreu, aos 60 anos, de parada cardiorrespiratória.

De acordo com o jornal argentino "La Nación", o velório deve prosseguir no mínimo até às 13h de Brasília, quando deve ter início a última etapa das cerimônias. O caixão será retirado do Salão dos Patriotas, na sede do governo, e passará em cortejo fúnebre pelas principais avenidas de Buenos Aires, o que pode levar horas.

Na manhã de hoje, após 24 horas de velório, milhares de argentinos ainda se despediram do ex-líder.

VELÓRIO

Passaram pelo Salão dos Patriotas, na Casa Rosada, os presidentes da Bolívia, Evo Morales; do Chile, Sebastián Piñera; do Equador, Rafael Correa; do Uruguai, José Mujica; da Colômbia, Juan Manuel Santos; da Venezuela, Hugo Chávez; e do Paraguai, Fernando Lugo.

Miguel Rojo/AFP
O presidente Lula chega na base militar do aeroporto em Buenos Aires para prestar homenagem ao ex-presidente argentino
O presidente Lula chega na base militar do aeroporto em Buenos Aires para prestar homenagem ao ex-presidente argentino

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também esteve na Casa Rosada, onde abraçou a viúva de Kirchner e ofereceu suas condolências.

O astro do futebol argentino, Diego Maradona, também passou no local com a namorada, Verónica Ojeda, abraçou Cristina e lamentou a perda de um "gladiador".

LONGA ESPERA

Centenas de jovens militantes permaneceram toda a noite na Praça de Maio, em frente à sede do governo, e já de madrugada começaram a formar uma fila para garantir sua entrada no velório do "Pingüino", como era conhecido o ex-presidente.

Daniel Garcia/AFP
A vereadora Graciela Benítez, que passou 19 horas na fila para ser a primeira pessoa a entrar no velório de Kirchner
A vereadora Graciela Benítez, que passou 19 horas na fila para ser a primeira pessoa a entrar no velório de Kirchner

Ao mesmo tempo, demonstravam apoio ao governo de sua viúva, a presidente Cristina Kirchner, cujo mandato termina em 2011.

Enrolada em uma bandeira da Argentina, a vereadora Graciela Benítez passou 19 horas à frente da fila que dava a volta na sede do governo para ser a primeira a se despedir de Kirchner.

"Cheguei ontem às 15h10 ao lado de um grupo de militantes da Frente para a Vitória", a coalizão que levou Kirchner ao poder em 2003, disse a vereadora do município de Moreno, na província de Buenos Aires.

"Tenho muita dor, mas também tenho esperança porque estou convencida que o poder está com a presidente Cristina Fernández de Kirchner, porque Cristina e Néstor são uma só coisa", completou.

MORTE

O ex-presidente morreu na manhã desta quarta-feira depois de ser internado com urgência por problemas cardíacos em um hospital de El Calafate. De acordo coma imprensa local, Kirchner foi internado pela manhã no hospital José Formenti, acompanhado de Cristina.

Daniel Garcia/AFP
Partidários do ex-presidente Nétor Kirchner começaram a chegar à Praça de Maio na madrugada desta quinta
Partidários do ex-presidente Nétor Kirchner começaram a chegar à Praça de Maio na madrugada desta quinta

Segundo a imprensa local, Kirchner sofreu uma parada cardiorrespiratória com morte súbita. O ex-presidente e sua mulher estavam desde o último final de semana em sua casa em El Calafate, na região da Patagônia. Neste ano, Néstor Kirchner já havia passado por duas intervenções cirúrgicas devido ao agravamento de seus problemas cardíacos.

Os médicos que socorreram Kirchner tentaram reanimá-lo durante 45 minutos, disseram pessoas próximas ao líder citadas nesta quinta-feira pela imprensa local.

Segundo versões de mais de uma pessoa, o líder e Cristina jantaram em casa com um grupo de amigos. Após a refeição, retiraram-se para descansar.

No começo da madrugada, Kirchner teria dito não estar se sentindo bem. Cristina então chamou uma ambulância, que chegou ao local imediatamente e, escoltada pela polícia, levou o ex-presidente ao hospital municipal José Formenti.

Kirchner chegou ao hospital com sinais vitais "muito débeis", segundo os jornais "Clarín" e "Página 12".

Neste momento, segundo o primeiro periódico, os médicos tentaram reanimá-lo com um desfibrilador e entraram em contato com o médico presidencial, Luis Buonomo, que se encontrava em Buenos Aires. Desistiram depois de 45 minutos.

Neste ano, Néstor Kirchner já havia passado por duas intervenções cirúrgicas devido ao agravamento de seus problemas cardíacos.

 

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