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Argentina se recupera do adeus a Kirchner; Cristina volta ao trabalho na segunda
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DE SÃO PAULO
DA EFE, EM RÍO GALLEGOS
A Argentina viveu neste sábado um clima de serenidade, no dia seguinte ao grande funeral de Estado que marcou a despedida do ex-presidente Néstor Kirchner, cuja morte comoveu o país. Kirchner morreu na última quarta-feira (27), aos 60 anos, após uma parada cardíaca.
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Marcos Brindicci/Reuters |
Pessoas observam túmulo onde foi enterrado o corpo de Néstor Kirchner, em cemitério de Río Gallegos |
A viúva e presidente da Argentina, Cristina Kirchner, passou a noite em Río Gallegos, terra natal do marido e onde ele foi enterrado ontem à noite. Eles compartilhavam a vida familiar e política há 35 anos.
Cristina ficou em sua casa na capital da província de Santa Cruz, junto a seus filhos Máximo, de 32 anos, e Florencia, de 19. Na manhã de hoje, ela viajou à cidade de El Calafate (Santa Cruz), 2.800 km ao sudoeste de Buenos Aires, onde está localizada a residência da família e onde Néstor Kirchner faleceu.
Ela deve retomar a agenda oficial já na segunda-feira, confirmou hoje o subsecretário de imprensa do governo, Alfredo Scoccimarro.
"Cristina Fernández vai se recolher este fim de semana em Santa Cruz e na segunda-feira retomará a agenda presidencial, que permanece suspensa desde segunda-feira passada, em primeiro lugar pelo quadro de angina que a obrigou a fazer repouso por 48 horas, e depois em consequência do falecimento de Néstor Kirchner", afirma o site oficial do governo.
Buenos Aires agora vive a expectativa do retorno de Cristina às atividades e da reorganização do cenário político que a morte do ex-presidente obriga a fazer.
CIDADE DE LUTO
Río Gallegos, a 2.636 quilômetros ao sul de Buenos Aires, amanheceu neste sábado serena após o grande cortejo fúnebre que acompanhou o caixão do ex-presidente até o cemitério. No local, ainda hoje as pessoas continuavam visitando o túmulo da família Kirchner, onde foi depositado o caixão do ex-presidente.
A principal avenida da cidade, antes conhecida como "Avenida do Bicentenário" mudou de nome para "Avenida Néstor Kirchner".
Daniel Garcia/AFP | ||
Admiradores seguem veículo com o corpo do ex-presidente Néstor Kirchner, que será enterrado em Río Gallegos |
No cemitério, a cerimônia de enterro foi para cerca de 70 pessoas e sem acesso à imprensa. Participaram membros do gabinete, parlamentares governistas, dirigentes de movimentos sociais próximos ao governo e artistas. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também estava lá.
MUDANÇAS POLÍTICAS
Assim como a União Industrial Argentina (UIA), maior entidade patronal do país, e a Confederação Geral do Trabalho (CGT), maior central operária, anunciaram o reinício do diálogo para garantir "paz social" após o falecimento de Kirchner, considerado o principal líder político do país.
A morte de Kirchner aconteceu em um momento em que UIA e CGT estavam sendo duramente pressionadas a criar um projeto de lei para distribuir entre os trabalhadores os lucros das empresas.
"Em um momento como o que a Argentina está vivendo, é responsabilidade da direção acabar com esta situação de tensão e voltar ao diálogo", afirmou hoje o secretário da UIA, José Ignacio de Mendiguren.
O governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, convocou para segunda-feira os prefeitos governistas da mais rica e populosa província argentina para sondar como enfrentar o vazio deixado no partido pela morte de seu líder.
Segundo duas pesquisas de opinião divulgadas hoje, após a morte de Kirchner e as demonstrações nas ruas de apoio a sua esposa, a imagem positiva de Cristina Kirchner se fortaleceu ao ponto de já mostrá-la como favorita para o pleito geral de outubro de 2011.
A enquete da uma empresa de consultoria revela que se essas eleições fossem realizadas hoje, Cristina alcançaria 31,8% dos votos, seguida por Ricardo Alfonsín, do opositor União Cívica Radical e filho do também falecido ex-presidente Raúl Alfonsín, com 15,9%.
Outra enquete, revela que 35,7% dos consultados votaria em 2011 em Cristina, seguida pelo prefeito de Buenos Aires, o conservador Mauricio Macri (19,4%), e por Ricardo Alfonsín (16,3% ).
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