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EUA condenam possível execução de iraniana nesta quarta-feira
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DA REUTERS, EM WASHINGTON
Os Estados Unidos condenaram nesta terça-feira a possível execução pelo Irã de uma mulher iraniana acusada de adultério, cujo caso despertou repercussão ao redor do mundo.
Sakineh Mohammadi Ashtiani, que foi inicialmente condenada à morte por apedrejamento por adultério, será enforcada na quarta-feira como pena por ter sido cúmplice do assassinato de seu marido, de acordo com grupos de direitos humanos.
"Condenamos nos termos mais fortes os aparentes planos do governo do Irã de prosseguir com a execução da senhora Sakineh Mohammadi Ashtiani", disse a Casa Branca em comunicado.
"A falta de transparência do referido processo no caso da senhor Ashtiani, e as ações subsequentes tomadas contra o advogado e a família dela, são inaceitáveis", acrescentou o comunicado.
A Casa Branca afirmou que o caso mostrava o "desrespeito aos direitos humanos" pelo governo de Teerã.
A sentença de apedrejamento à Sakineh havia provocado protestos no mundo todo, inclusive o Brasil, que chegou a oferecer asilo à mulher, que tem 43 anos e dois filhos.
ENTENDA
O caso de Sakineh, de 43 anos, atraiu a atenção do mundo inteiro, em uma campanha que mobilizou inúmeros governos e entidades humanitárias. Considerada culpada de adultério pela Justiça iraniana, ela foi condenada à morte por apedrejamento, mas a pena acabou sendo suspensa no início de setembro.
No final do mês passado, autoridades locais anunciaram o castigo de enforcamento como punição pela participação na morte do marido. A medida foi logo retificada pela Chancelaria do Irã, a qual afirmou que as formalidades legais do processo ainda não estavam concluídas.
Entre os que tentaram intervir estiveram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu a libertação de Sakineh e ofereceu-lhe asilo. Em resposta, o governo de Mahmoud Ahmadinejad afirmou que o brasileiro estava "desinformado" sobre o caso.
No dia 5, Sajjad informou à ter pedido a interferência do papa Bento 16 a favor de sua mãe e solicitou asilo político à Itália. Na ocasião, o jovem afirmou que ele e a irmã, Sahideh, temiam ser presos em seu país, e que Kian também corria esse risco.
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