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08/11/2010 - 17h12

Rabinos ultra-ortodoxos pedem a israelenses que não aluguem casas a africanos

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DA EFE, EM JERUSALÉM
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Seis rabinos ultra-ortodoxos da localidade israelense de Bnei Brak, ao leste de Tel Aviv, assinaram uma declaração na qual pedem à população que não alugue casas a imigrantes africanos, a quem consideram um "perigo espiritual".

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Segundo o site Ynet, o texto revela que os rabinos querem combater "o aluguel de moradias" aos imigrantes, pois consideram essa situação "intolerável" e dizem que adquiriu "proporções gigantescas".

Os rabinos afirmam que a presença de imigrantes africanos faz com que "estudantes das yeshiva (escolas judaicas)" tenham "medo de sair às rua de noite".

"Quem alugar apartamentos (aos imigrantes) deve se responsabilizar totalmente pelas consequências espirituais de seus atos", destacaram os rabinos.

A declaração foi divulgada meses depois que um grupo de rabinos de Tel Aviv emitiu um documento similar.

Também hoje, Israel aprovou a construção de mais de 1.300 novas moradias em Jerusalém Oriental, região de maioria palestina, segundo a organização israelense anticolonização Paz Agora, que classificou a decisão como uma "grande provocação".

De acordo com o porta-voz da organização, Hagit Ofran, a grande maioria das novas construções estão situadas no bairro de colonização judaica de Har Homa, onde vivem mais de 7.000 pessoas.

"Há três novos planos que serão apresentados para licitação pública", detalhou Ofran, explicando que as novas medidas do governo israelense devem incluir 983 novas casas em Har Homa e outras 42 numa outra região, próxima a Belém, além de mais 320 unidades em Ramot, no norte do país.

"Esta á uma nova etapa em Har Homa, que fará de fato do bairro um assentamento. É uma grande provocação", afirmou o porta-voz.

CONGELAMENTO

As novas casas integram a primeira licitação pública desde que a moratória que congelou novas construções por dez meses expirou, no dia 26 de setembro.

O anúncio deve complicar o processo de paz, já que a interrupção da expansão dos assentamentos é uma das questões primordiais exigidas pelos palestinos.

De acordo com o Ministério do Interior israelense, o lançamento da licitação pública é "apenas uma etapa protocolar", e o início de fato das obras deve levar "anos".
Efrat Orbach, membro do Ministério, disse que estes planos foram aprovados há seis meses, mas por decisões "técnicas" o governo resolveu torná-los públicos somente agora.

O gabinete do premiê Binyamin Netanyahu não comentou as informações confirmadas pela pasta do Interior, controlada pelo partido ultraortodoxo Shas.

 

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