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13/11/2010 - 12h14

ONU saúda a libertação de Suu Kyi

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DA FRANCE PRESSE, EM NOVA YORK

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, felitou neste sábado a libertação da líder da oposição da Birmânia, Aung San Suu Kyi, a quem qualificou de "inspiração" para o mundo.

Aproveitou para pedir à Junta militar governante que deixe livres todos os demais presos políticos do país.

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Ao ser libertada neste sábado, ativista de movimentos pró-democracia em Mianmar (antiga Birmânia) Aung San Suu Kyi, 65, disse que "este é um tempo de calma e um tempo de diálogo".

"As pessoas devem trabalhar em harmonia. Só assim poderemos chegar ao nosso objetivo", afirmou Suu Kyi a uma multidão.

Cerca de 3.000 pessoas, entre elas muitos jornalistas, se aglomeraram do lado de fora de sua casa, situada em frente a um lago, ao longo do dia. Desde ontem, havia fortes rumores de que a ativista poderia ser solta.

Muitos deles gritavam "Libertem Aung San Suu Kyi" e "Vida Longa a Aung San Suu Kyi". Alguns usavam camisetas estampadas com mensagens de apoio à ativista.

Assim que os presentes se converteram em uma multidão, cerca de 30 policiais da divisão antimotim armados e portando bombas de gás lacrimogênio exigiram que os correligionários de Suu Kyi ficassem atrás das barricadas montadas do lado de fora da residência.

Segundo um aliado da ativista informou ontem, a autorização para a soltura dela já havia sido assinada ontem pelo general Than Shwe, chefe desde 1992 do regime militar que governa Mianmar.

Soe Than Win/AFP
Aung San Suu Kyi recebe buquê de flores ao ser libertada de prisão domiciliar em Yangun, em Mianmar
Aung San Suu Kyi recebe buquê de flores ao ser libertada de prisão domiciliar em Yangum, em Mianmar

Relatos apontavam que Suu Kyi não aceitaria ser libertada sob a condição de não viajar a algumas regiões de Mianmar nem sob veto de contatos com partidários.

ELEIÇÕES

Os boatos da libertação surgem alguns dias após as primeiras eleições gerais no país em 20 anos, realizadas no último domingo. Segundo o regime, o pleito deu esmagadora vitória ao partido governista, mas críticos apontaram fraude generalizada.

A eleição foi boicotada pelo partido da ativista, o que levou o regime a dissolvê-lo.

A possível soltura de Suu Kyi é vista como uma tentativa do governo de Mianmar de conquistar alguma legitimidade internacional sem no entanto correr o risco de enfrentar uma onda de protestos liderados por ela -- uma vez que o pleito já terminou.

 

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