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16/11/2010 - 13h27

Mais de dois milhões de peregrinos participam de apedrejamento de satã

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DA FRANCE PRESSE, EM MINA

Mais de duas milhões de pessoas participam nesta terça-feira do apedrejamento das colunas que simbolizam satã, marcando o primeiro dia da festa do sacrifício celebrada por todos os muçulmanos do mundo e que faz parte da peregrinação anual à Meca.

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Em meio a desordem, centenas de milhares de pedras voavam por cima das cabeças dos peregrinos, que devem atirar sete pedras durante o primeiro dia contra a coluna que representa satã, chamado pelos muçulmanos de Iblis, no vale de Mina, perto de Meca. A coluna tem 30 metros de altura.

Yahya Arhab/Efe
Peregrinos muçulmanos lançam pedras contra coluna que representa satã; evento faz parte da peregrinação anual à Meca
Peregrinos muçulmanos lançam pedras contra coluna que representa satã; evento faz parte da peregrinação

Depois de rezar juntos na mesquita de Namera e passar a segunda-feira pedindo perdão a Deus no Monte Arafat, símbolo da espera do julgamento final, os peregrinos dormiram no vale de Mina, transformado em uma imensa cidade de barracas de campanha.

A peregrinação a Meca é considerada um dos cinco pilares do islã. Os outros quatro são a profissão de fé, a oração cinco vezes ao dia, o jejum durante o mês sagrado Ramadã e a oferta da esmola.

Segundo as autoridades sauditas, 1,7 milhão de muçulmanos já receberam o visto do Hajj --somando-se aos 200 mil muçulmanos da própria Arábia Saudita e da região do Golfo autorizados a cumprir este ritual. Mas dezenas de milhares de fiéis sem autorização conseguiram chegar a Mina, apesar da vigilância da polícia.

Este ano, as autoridades esperam que o apedrejamento das colunas terminem sem contratempos, depois que o ritual provocou no passado movimentos de correria entre a multidão com consequências fatais.

Atualmente, as pessoas chegam por uma ponte de vários andares construída para canalizar a multidão que participa no ritual.

Em janeiro de 2006, 364 pessoas morreram pisoteadas durante a peregrinação. Em julho de 1990, 1.426 peregrinos faleceram, a maioria deles asfixiados durante um momento de pânico em um túnel.

Depois do apedrejamento, os fiéis devem imolar um animal em recordação de Abraão, que aceitou sacrificar o filho para obedecer a Deus, antes de o anjo Gabriel trocar o filho no último momento por um cordeiro.

Hoje em dia, os peregrinos compram bônus das autoridades sauditas, que sacrificam os animais e depois enviam ajuda aos muçulmanos pobres de várias partes do mundo.

A festa é celebrada por todos os muçulmanos do planeta.

O presidente americano, Barack Obama, destacou na segunda-feira que quase três milhões de peregrinos de mais de 160 países, incluindo os Estados Unidos, se reuniram em Meca.

Ele desejou a todos os muçulmanos do mundo um "feliz Eid Al Adha", ou festa do sacrifício, e disse que a celebração permite "recordar os valores e raízes comuns das três maiores religiões do mundo".

 

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