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17/11/2010 - 13h48

Irã afirma que seis aviões desconhecidos invadiram seu espaço aéreo

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DA FRANCE PRESSE, EM TEERÃ

As forças armadas iranianas interceptaram seis aviões desconhecidos que entraram no espaço aéreo iraniano quando eram feitos exercícios de defesa antiaérea, indicou um dirigente militar citado pela agência Fars.

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"Ontem (16), nossas forças deram conta da invasão de seis aviões desconhecidos em nosso espaço aéreo, provocando a saída imediata de nossos aviões de caça para uma operação de interceptação", indicou Hamid Arjangi, citado pela Fars.

"Nossos sistemas de artilharia foram colocados em alerta, os objetivos foram identificados e perseguidos e as advertências necessárias foram feitas", acrescentou, sem dar mais detalhes.

Na terça, o Irã iniciou novas manobras militares para testar seu sistema de defesa aérea durante cinco dias, segundo o comandante Arjangi.

As manobras são para colocar em teste as capacidades defensivas de mísseis de curto, médio e longo lance, assim como uma nova versão do sistema de defesa aérea.

EXERCÍCIO MILITAR

O Irã iniciou na terça-feira o que disse ser o maior exercício de defesa antiaérea já realizado pelo país. A emissora Press TV, que transmite em inglês, disse que as atividades irão durar cinco dias, se concentram perto de instalações nucleares e incluem o uso de mísseis de longo alcance.

EUA e Israel, que acusam o Irã de tentar desenvolver armas nucleares, não descartam a possibilidade de bombardearem o país para conter o seu programa atômico, embora na terça-feira o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, tenha se declarado contrário à opção militar contra a República Islâmica.

Teerã garante que suas atividades nucleares se destinam exclusivamente a fins pacíficos.

"As manobras militares de larga escala [...] irão melhorar a prontidão para confrontar possíveis ameaças ao espaço aéreo do Irã e a centros nucleares, muito populosos ou vitais", disse o brigadeiro Ahmad Mighani, chefe da unidade responsável por reagir a ameaças aéreas.

No domingo, um comandante da Guarda Revolucionária (força de elite do país) disse que tropas terrestres haviam realizado simulações militares perto de instalações nucleares do país, "exatamente como em um combate real".

O Irã repetidamente anuncia progressos na sua capacidade militar para mostrar que está preparado para reagir a uma agressão.

Algumas autoridades ocidentais suspeitam que o Irã esteja desenvolvendo mísseis mais sofisticados e realizando bem divulgados testes com mísseis para adquirir a capacidade de lançar armas nucleares.

O Irã rejeita essa tese, alegando que o desenvolvimento de seus mísseis está voltado apenas para finalidades defensivas.

Neste mês, o país anunciou ter desenvolvido uma versão autóctone do míssil russo S-300, e que em breve irá testá-lo.

A Rússia apoiou, em junho, a mais recente rodada de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o programa nuclear iraniano, e depois disso se recusou a entregar ao Irã uma encomenda de mísseis S-300, cedendo ao persistente lobby de Israel e dos EUA.

O S-300 é um sistema móvel de longo alcance, capaz de detectar, seguir e destruir mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e aeronaves em baixa altitude.

O Irã já sofreu várias sanções internacionais devido à sua recusa em abandonar as atividades de enriquecimento de urânio, processo que pode servir para gerar combustível para usinas nucleares civis, mas, dependendo do grau de pureza do urânio, pode resultar também em material para a produção de bombas atômicas.

 

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