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Ahmadinejad diz que EUA não têm moral para criticar caso Sakineh
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, defendeu nesta quinta-feira o procedimento da Justiça do país no caso da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada ao enforcamento por adultério, e disse que os Estados Unidos não tem direito moral de criticar a sentença --já que têm ao menos 50 mulheres condenadas à morte.
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"Por que na América eles executam as pessoas e ninguém diz nada?", questionou Ahmadinejad, que está em visita ao Azerbaijão. "Na América é considerado defesa dos direitos humanos e no Azerbaijão ou Irã uma violação dos direitos humanos".
AP |
A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43, foi condenada à pena de morte por adultério em caso que suscitou revolta |
O caso de Sakineh ainda está sendo revisto pela Suprema Corte, após suscitar uma onda de protestos internacionais contra a cruel sentença e até mesmo uma oferta --recusada-- de asilo do governo brasileiro.
"Tenho uma lista de 53 mulheres condenadas a morte nos EUA e que atualmente esperam ser executadas. Nesta situação, surge uma pergunta: se o problema com uma mulher no Irã se percebe como violação dos direitos humanos, então, por que não se pensa no caso das 53 mulheres nos EUA?", criticou Ahmadinejad.
"Por que quando lá matam as pessoas a imprensa não faz barulho e quando isto ocorre no nosso país eles dão gritos? Se eles pensam que vão instigar assim o povo iraniano, não vão. Eles não podem fazê-lo. Matam pessoas na Ásia, África e eles dão medalhas para os assassinos".
Ahmadinejad afirmou ainda que o caso de Sakineh segue o curso do sistema judicial. "Nós acreditamos que esta questão não apresenta nenhum problema. Os Estados Unidos falam deste assunto quando, em seu país, a situação é muito mais grave", completou o presidente, em entrevista a jornalistas.
CASO SAKINEH
Em 2006, Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43, foi condenada duas vezes à pena de morte por dois tribunais diferentes de Tabriz (noroeste do país) em dois processos distintos, acusada de participação no homicídio do marido e de ter cometido adultério, em particular com o suposto assassino do marido.
Um ano depois, a pena de morte por enforcamento pela participação no homicídio do marido foi comutada por dez anos de prisão por uma corte de apelações, mas a execução por apedrejamento foi confirmada por outro tribunal de apelações no mesmo ano.
Em julho deste ano, sob forte pressão internacional, Teerã anunciou que a condenação à pena capital havia sido suspensa e que o caso estava sendo reexaminado. Desde então, o caso volta à imprensa ocasionalmente com declarações de oficiais iranianos. O destino efetivo de Sakineh, contudo, continua sob questionamento.
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