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19/11/2010 - 15h49

Após missão em terremoto no Chile, médicos cubanos decidem desertar e ficar no país

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DA ANSA

Três médicos da comitiva cubana que auxiliou no atendimento às vítimas do terremoto de fevereiro no Chile decidiram abandonar a delegação e permanecer no país sul-americano.

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Segundo a Associação Solidariedade com Cuba, tornaram-se "desertores" os médicos Argelio Alberto Santana Cano, o traumatologista Joel Hernández de León e o técnico anestesista Orlando Campusano, que integravam a comitiva "Henry Reeve", de 65 pessoas. Nenhum deles solicitou asilo até o momento.

O porta-voz da associação, Dagoberto Hernández, afirmou que Santana Cano lhe comunicou a decisão. "Ele me escreveu um e-mail e me confirmou que ficará, é uma decisão dolorosa para ele", disse Hernández, conforme informou a rádio Cooperativa.

"Não estamos de acordo com a forma com que estão fazendo [a saída de Cuba] porque há mecanismos para migrar ao Chile, mas entendemos as razões de índole pessoal pela qual tomaram a decisão", manifestou a associação.

A embaixadora de Cuba no Chile, Ileana Díaz-Argüelles, atestou que "o importante a destacar é o resultado da brigada que veio prestar sua colaboração. Os que decidiram não voltar à pátria [o fizeram por] uma decisão pessoal, mas o importante é que a maioria retorna".

Questionada pela rádio sobre os motivos para permanecer no Chile, a diplomata respondeu que "isso depende de cada pessoa. Há pessoas que valorizam mais as coisas materiais".

A brigada "Henry Reeve" chegou ao Chile em 2 de março para colaborar em dois hospitais de campanha para atender feridos pelo terremoto, e sua permanência, inicialmente, duraria apenas três meses.

Devido a pedidos do ministério da Saúde chileno e à aceitação do governo cubano, a equipe médica foi autorizada a ficar por mais seis meses no país.

Os médicos cubanos já realizaram mais de 3.000 cirurgias e atenderam cerca de 80 mil pessoas. O terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o Chile em 27 de fevereiro deixou 118.355 casas inabitáveis e prejudicou mais de 195 mil pessoas, com 432 mortes.

O abalo, sucedido por inúmeras réplicas e tsunamis, foi considerado um dos mais fortes e deixou um total de US$ 20 bilhões em prejuízos.

 

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