Em livro lançado nesta terça, papa diz que espera ver unificação da Igreja chinesa

O papa Bento 16 "espera" que a "unificação" da Igreja na China, dividida em "oficial" e "clandestina" ou "estatal" (que não adere às orientações do Vaticano) possa acontecer durante seu pontificado.

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A afirmação está presente no livro "Luz do Mundo. O Papa, a Igreja, os sinais dos tempos. Uma conversa de Bento 16 com Peter Seewald" (em tradução livre), apresentado hoje no Vaticano.

Para o papa, um sinal importante nesta direção são as ordenações dos bispos aprovados por Roma. "Mesmo se sempre surgirão novas dificuldades existe uma grande esperança de poder superar definitivamente esta divisão. É um objetivo que me é querido e na qual rezo todo dia ao Senhor".

Outro tema abordado no livro por Joseph Ratzinger é uma eventual reunião com o Patriarca Cirilo, de Moscou e de todas as Rússias. "Diria que sim", respondeu o pontífice a pergunta de Seewald sobre a possibilidade de acontecer um "encontro em breve entre Roma e Moscou".

"Cada vez mais amadurece o contexto na qual poderá acontecer" tal evento. Contudo, Bento 16 expressa que essa ocasião "depende de quantos anos de vida o bom Deus me concederá".

O livro "Luz do Mundo" foi lançado hoje, mas já gerou discussões após no fim de semana passado alguns trechos da obra terem sido antecipados pela imprensa italiana.

O livro é editado em italiano pela Libreria Editrice Vaticana e dispõe de 18 capítulos que abordam várias temáticas divididas em três eixos centrais "Os sinais dos tempos", "O pontificado" e "Para onde caminhamos".