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EUA defendem exercícios militares na Coreia do Sul e negam ter China como alvo
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Pentágono defendeu nesta sexta-feira os exercícios militares que realizará a partir deste domingo (28) com a Coreia do Sul e afirmou que têm como alvo deter a Coreia do Norte de realizar um novo ataque.
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Entenda a crise entre as duas Coreias
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"É importante para nós dizer publicamente que este exercício e os outros que já fizemos no passado não estão dirigidos à China", disse capitão Darryn James, porta-voz do Pentágono. "Como os exercícios anteriores, eles são desenhados para fortalecer nossa defesa contra a Coreia do Norte".
Mais cedo, a China alertou contra quaisquer ações militares em sua zona econômica exclusiva, em resposta à decisão dos Estados Unidos de enviar um porta-aviões para perto da ilha sul-coreana bombardeada na terça-feira (23) pela Coreia do Norte.
A Coreia do Norte lançou dezenas de morteiros contra a pequena ilha de Yenpyeong, na fronteira disputada do mar Amarelo, deixando dois militares e dois civis mortos, outros 18 feridos e queimando dezenas de casas.
"Nós nos opomos a qualquer ato unilateral conduzido na zona econômica exclusiva da China sem aprovação", disse o Ministério de Relações Exteriores. A zona econômica exclusiva é uma zona naval de até 200 milhas náuticas (cerca de 370 km) a partir da costa de um país.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, também agiu para acalmar as tensões com a China e falou por telefone nesta sexta-feira com as autoridades de Pequim.
O chanceler chinês Yang Jiechi revelou que conversou com Hillary e também com seu colega sul-coreano e com o embaixador da Coreia do Norte em Pequim para discutir a crise. Yang pediu a Seul e Pyongyang moderação e que resolvam seus problemas mediante o diálogo, indicou a agência oficial Xinhua.
"A tarefa urgente agora é que a situação permaneça sob controle, e que não se repitam incidentes similares", disse o chanceler, exortando as duas Coreias a manterem calma e contenção.
Os EUA enviaram o porta-aviões USS George Washington ao mar Amarelo para exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul, previstos para começar no próximo domingo (28).
Planejados antes do ataques desta semana, os quatro dias de manobras são considerados uma demonstração de força que, além de enfurecer a Coreia do Norte, costuma incomodar também sua única aliada e vizinha, a China.
Washington está pressionando a China a usar sua influência sobre Pyongyang para acalmar a tensão na península, mas a China não demonstrou interesse em uma mediação.
REFORÇO
Respondendo às críticas de parlamentares da oposição e de sua própria base aliada, o governo sul-coreano decidiu ainda enviar mais tropas a cinco ilhas do mar Amarelo, incluindo Yenpyeong, e anunciou que deve alterar as regras militares de seu Exército.
Tradicionalmente as tropas sul-coreanas recebem instruções de resguardar as fronteiras mas tentar evitar a escalada de tensão no caso de provocações do Norte, buscando evitar a retomada dos confrontos encerrados em 1953. No entanto, após o recente ataque, o governo sinaliza que pode repensar o papel muito 'passivo' frente ao vizinho.
GUERRA
Mais cedo, a Coreia do Norte reiterou sua oposição às manobras militares conjuntas entre a Coreia do Sul e os EUA, dizendo que tais exercícios levam a península "à beira da guerra".
"As manobras militares dos imperialistas americanos e de sua belicosa marionete sul-coreana são direcionadas contra a Coreia do Norte. A situação na península coreana está à beira da guerra em consequência do projeto imprudente destes delirantes do gatilho", diz o comunicado difundido pela agência estatal KCNA.
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