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Austrália inicia investigação sobre revelações do WikiLeaks
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A justiça australiana ordenou uma investigação sobre a divulgação de documentos confidenciais americanos pelo site WikiLeaks neste domingo (28) e anunciou que apoiará eventuais ações judiciais dos Estados Unidos contra o portal fundado pelo australiano Julian Assange.
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A polícia do país também busca saber se algum cidadão australiano colaborou violando a lei por quebra de sigilo de informações.
"Do ponto de vista australiano, pensamos que a publicação destas informações pode ser contrária a vários artigos da lei", disse o procurador-geral do país, Robert McClelland, antes de afirmar que pediu à polícia a abertura de uma investigação.
McClelland disse á imprensa que " um número potencial de leis criminais" pode ter sido violado.
A publicação dos documentos pode atentar contra a segurança dos Estados Unidos e seus aliados, entre eles a Austrália, afirmou McClelland.
"A Austrália apoiará qualquer ação judicial que possa ser iniciada. Os Estados Unidos devem iniciá-las, mas as agências australianas darão sua ajuda", disse McClelland.
O procurador também afirmou que até o momento não recebeu nenhum pedido de retirada do passaporte de Assange.
O secretário de Defesa autraliano, Stephen Smith, disse que um comitê conjunto governamental estava estudando os documentos para determinar quais estragos a divulgação acarretaria.
"Nós precisamos fazer passo a passo, mas nosso ponto de início e de fim essencialmente procura proteger o interesse nacional da Austrália", disse Smith em uma entrevista ao canal Sky News. " Isso é um ato que alguém não tem outra opção a não ser condená-lo. Isso potencialmente põe interesses nacionais e a segurança e bem-estar individuais em jogo".
ENTENDA
Cerca de 250 mil documentos diplomáticos confidenciais do Departamento de Estado dos EUA vieram à tona neste domingo (28), divulgados pelo site WikiLeaks. Os chamados "cables" revelam detalhes secretos --alguns bastante curiosos-- da política externa americana entre dezembro de 1966 e fevereiro deste ano, em um caso que começa a ficar conhecido como "Cablegate".
Os documentos revelam, por exemplo, que as embaixadas americanas foram instruídas a "espionar" líderes da ONU (Organização das Nações Unidas), incluindo o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon. Também mostram que países árabes pediram um ataque aéreo contra o Irã por causa de seu programa nuclear --Arábia Saudita pede para "cortar a cabeça da cobra" enquanto ainda há tempo. Também cita elos entre o governo russo e o crime organizado, e até questiona a sanidade mental da presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
São 251.288 documentos enviados por 274 embaixadas. Destes, 145.451 tratam de política externa, 122.896, de assuntos internos dos governos, 55.211, de direitos humanos, 49.044, de condições econômicas, 28.801, de terrorismo e 6.532, do Conselho de Segurança da ONU.
A maioria dos documentos (15.365) fala sobre o Iraque. Os telegramas foram divulgados por meio de um grupo de publicações internacionais: "The New York Times" (EUA), "Guardian" (Reino Unido), "El País" (Espanha), "Le Monde" (França) e "Der Spiegel" (Alemanha).
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