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Islâmicos dizem que foram quase eliminados do Parlamento egípcio
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DA REUTERS, NO CAIRO
A Irmandade Muçulmana do Egito disse na segunda-feira que uma eleição "fraudada" praticamente eliminou sua presença no Parlamento, virtualmente acabando com a oposição ao partido governista do presidente Hosni Mubarak antes da eleição presidencial do próximo ano.
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Considerada fora da lei mas parcialmente tolerada, a Irmandade controlava um quinto das cadeiras na Assembleia cujo mandato chega ao fim. Os islâmicos, que concorrem como candidatos independentes, são os principais rivais do Partido Nacional Democrático (NDP), de Mubarak, que vem vencendo eleições há décadas.
A eleição de domingo (28) foi alvo de acusações de fraudes de diversos tipos. O governo disse que a eleição foi justa.
Grupos de defesa dos direitos humanos dizem que pelo menos três pessoas foram mortas no dia da eleição. As autoridades negaram no domingo que tenham ocorrido mortes relacionadas ao pleito. Uma fonte de segurança disse que um homem morreu na segunda de ferimentos a bala sofridos em um choque ligado à eleição.
Os resultados oficiais da eleição estão previstos para sair na terça-feira (30).
Nenhum dos 130 candidatos da Irmandade venceu na primeira rodada de votos pelas 508 cadeiras em jogo na Assembleia, disse Saad al-Katatni, chefe do bloco islâmico de 88 cadeiras na Assembleia cujo mandato vai terminar. Apenas alguns poucos irão para o segundo turno, em 5 de dezembro.
"Houve fraudes, e abrimos um recurso contra o procedimento de voto," ele acrescentou, aludindo à perda de sua própria vaga representando Minya, no sul do Cairo, que ele conquistou em 2005 com 35 mil votos, contra 12 mil de seu rival mais próximo.
Analistas haviam previsto que o governo empurraria seus críticos islâmicos para a margem da política formal antes da disputa presidencial. Mubarak, 82 anos, ainda não informou se será candidato novamente.
Apesar disso, a expectativa era que o grupo conservasse até 20 vagas no novo Parlamento. Agora, não é certo que conserve nenhuma.
Centenas de membros da Irmandade Islâmica foram detidos antes da eleição.
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