Uganda prende mulher que escondeu faca em abacaxi para dar a preso

A polícia em Uganda comunicou nesta segunda-feira a prisão de Faridah Hamubu, por esconder uma faca dentro de um abacaxi para entregar a um dos prisioneiros da Penitenciária Luzira, em Campala.

O crime ocorreu em 2 de dezembro, quando Hamubu levou vários objetos, incluindo um abacaxi, para Omar Awadh Omar.

Omar, acusado de ser um alto chefe do grupo terrorista Al Shabbab, foi preso em setembro em Uganda como um dos planejadores da explosão em Campala que matou 79 pessoas que assistiam a um jogo da Copa do Mundo, em 11 de julho. Hamubu também é suspeita de participar da explosão.

"Ela levou algumas coisas para Omar e como procedimento normal eles foram checados por guardas que descobriram que ela ocultava uma faca no meio de um abacaxi. Ela foi imediatamente presa", disse porta-voz da polícia, Vicente Ssekate.

Ssekate disse que ainda não se sabe qual a relação da mulher com Omar e qual a finalidade da faca.

ATAQUE

O ataque duplo em um restaurante e em um clube esportivo em julho passado foi o primeiro atentado em solo estrangeiro de militantes do grupo Al Shabbab, da Somália, vinculados à Al Qaeda.

As explosões aumentaram a ameaça à segurança no leste africano, uma região vista pelos ocidentais como uma terreno fértil para extremistas islâmicos.

O duplo atentado é o mais violento cometido na África oriental desde os ataques sucedidos contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 7 de agosto de 1998, que mataram ao menos 240 pessoas.

A primeira bomba foi detonada às 22h55 (16h55 em Brasília) no restaurante Vila Etiópia, no sul da capital de Uganda. Cerca de 20 minutos depois, duas bombas simultâneas atingiram os torcedores que viam a final entre Espanha e Holanda da Copa do Mundo no Lugogo Rugby Club.