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16/12/2010 - 12h04

Naufrágio na Austrália reabre debate sobre imigração no país

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MICHAEL PERRY
DA REUTERS, EM SYDNEY

O naufrágio que matou pelo menos 28 candidatos a asilo na Austrália reabriu o debate sobre a necessidade de abrandar as leis de imigração no país, e pode colocar em risco o governo da primeira-ministra Julia Gillard, cuja maioria parlamentar é de apenas um deputado.

Veja imagens do acidente

Gillard admitiu nesta quinta-feira que o tema da imigração, que muitas vezes mobiliza o país e decide eleições, voltou à pauta depois do acidente de quarta nas ilhas Christmas, onde uma embarcação com imigrantes clandestinos se chocou contra rochas.

A primeira-ministra interrompeu suas férias de fim de ano para tratar da tragédia. "Inevitavelmente haverá um debate público em relação a candidatos a asilo e refugiados. Sou a favor de conversações nacionais francas e abertas sobre essa política", afirmou.

AP
Moradores e socorristas da ilha Christmas tentaram ajudar as vítimas do naufrágio; ao menos 28 imigrantes ilegais morreram
Moradores e socorristas da ilha Christmas tentaram ajudar as vítimas do naufrágio; ao menos 28 imigrantes ilegais morreram

Segundo Gillard, o mau tempo impediu que o barco fosse detectado antes de estar em apuros, mas ela afirmou que o caso ainda está sendo investigado. Equipes de resgate estimam que o número de mortos possa passar de 50, já que supostamente havia cerca de cem passageiros a bordo, e 42 foram salvos.

O barco de madeira era indonésio, mas a polícia diz que a maioria dos ocupantes era formada por iraquianos.

Reuters
Dezenas de imigrantes que buscariam asilo político na Austrália morreram durante o naufrágio no Oceano Índico
Dezenas de imigrantes que buscariam asilo político na Austrália morreram durante o naufrágio no Oceano Índico

A Austrália costuma interceptar embarcações com migrantes clandestinos no Oceano Índico, levando-os para triagem na remota ilha Christmas -- evitando assim que os candidatos a asilo recebam direitos mais amplos, aos quais fariam jus se conseguissem pisar na ilha principal da Austrália.

Gillard disse que seu governo condena o tráfico humano, que chamou de "comércio do mal".

 

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