Publicidade
Publicidade
Grupos de oposição planejam invadir emissora estatal na Costa do Marfim
Publicidade
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Partidários do líder oposicionista Alassane Ouattara planejam realizar nesta sexta-feira uma passeata para tentar ocupar o prédio da emissora estatal de rádio e TV da Costa do Marfim, o que causa temores de mais violência em meio à disputa sobre o resultado da eleição presidencial de novembro depois que o atual presidente, Laurent Gbagbo, se recusou a deixar o cargo.
Não se sabe ao certo o número de mortos pelos recentes confrontos, mas segundo informações do acampamento de Ouattara ao menos 14 pessoas morreram nos choques com soldados de Gbabgo nesta quinta-feira (16), tentando ocupar o prédio da emissora estatal.
Já o grupo de Gbagbo afirma que houve 20 mortos, incluindo dez policiais em ataques de protestantes.
A ONU (Organização das Nações Unidas), a União Africana, o bloco regional Ecowas, os EUA e a França, entre outros, reconhecem a vitória eleitoral de Ouattara e pressionam Gbagbo a renunciar.
As autoridades eleitorais deram a vitória ao oposicionista com uma margem de quase dez pontos percentuais, mas Gbagbo alegou que houve fraude a favor de seu adversário no norte do país, e um tribunal leal ao governo reverteu o resultado.
O país, maior produtor mundial de cacau, ficou dividido por uma guerra civil em 2002-2003, e há temores de que a disputa eleitoral provoque um novo conflito.
NOVOS CONFRONTOS
"Vamos continuar com as passeatas", disse Patrick Achi, porta-voz de Ouattara, por telefone, depois dos incidentes de quinta-feira.
Mas, na manhã desta sexta-feira, uma testemunha disse que havia poucos sinais de reunião dos manifestantes nas ruas de Abidjã, que estavam muito mais tranquilas do que o habitual. Muitas lojas permaneceram fechadas, e havia pouco tráfego nas ruas.
Em Tiebissou, na região central do país --bem no limite entre as zonas dominadas por rebeldes no norte e as áreas governamentais do sul--, um tiroteio entre forças ligadas aos dois candidatos durou várias horas.
A tensão na Costa do Marfim fez com que o cacau atingisse na semana passada sua maior cotação em quatro meses. Na quinta-feira, o contrato futuro para março era negociado em Nova York a US$ 3.003 (R$ 5.140) por tonelada, alta de US$ 24 (R$ 41).
INTERVENÇÃO
Se a situação se deteriorar, todos os olhos se voltarão para a força de paz da ONU no país, um contingente de cerca de 10 mil soldados e policiais. Essa força tem como objetivo a proteção de civis, mas disse que dar segurança à passeata não é parte das suas tarefas.
Uma delegação da União Africana vai nesta sexta-feira a Abidjã para tentar mediar a crise, mas o bloco já disse que não considera aceitável um acordo para a divisão de poderes, como aconteceu após uma crise semelhante em 2007 no Quênia.
+ Canais
+ Notícias sobre Costa do Marfim
- Após manifestação, ONU teme guerra civil na Costa do Marfim; ouça
- Oposição convoca passeatas na Costa do Marfim após impasse eleitoral
- Bloqueado por atual presidente, opositor quer desestabilizar governo da Costa do Marfim
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice