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UE deve cancelar visto de presidente da Costa do Marfim e seus aliados
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÌCIAS
A União Europeia (UE) deverá pôr em vigor nesta semana a suspensão de vistos do presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, que rejeita sair da Presidência do país, após a derrota anunciada pela comissão eleitoral independente para o opositor Alassane Ouattara.
A medida aplica-se também à mulher de Gbagbo e a pelo menos mais 17 autoridades próximas ao presidente.
"Esperamos que o cancelamento seja adotado nesta quarta-feira (22)) e passe a valer a partir de quinta-feira (23), imediatamente", disse o porta-voz da Comissão Europeia, Maja Kocijancic.
A decisão foi tomada por especialistas da UE de 27 governos e deve ser ratificada nesta quarta-feira por ministros da UE. Ainda deve ser decidido sobre o congelamento de bens de Gbagbo.
Analistas dos governos, sob comando dos ministros das Relações Exteriores de cada nação, concordaram nesta segunda-feira em cancelar os vistos de Gbagbo e de pessoas próximas a ele.
Gbagbo desafia a pressão internacional para deixar o cargo após o segundo turno das eleições presidenciais de 28 de novembro, o que tem provocado forte tensão política e várias mortes na Costa do Marfim.
IMPASSE ELEITORAL
No dia 2 de dezembro, o resultado da eleição foi anunciado pelo chefe da Comissão Eleitoral independente do país --que dera à vitória a Ouattara com 54,1% dos votos contra 45,9% do presidente Laurent Gbagbo. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o Conselho de Segurança apoiaram os resultados.
Pouco depois, na mesma data, Gbagbo contestou os resultados e levou a disputa ao Conselho Constitucional, que reverteu o resultado na sexta-feira (3). O conselho anulou cerca de 500 mil votos de redutos de Ouattara, representando quase 10% dos votos, para colocar Gbagbo com 51,4% dos votos.
Ambos os candidatos reivindicaram a vitória e dois governos paralelos foram criados, sendo que Ouattara está em uma sede não oficial em um hotel em Abdijã, protegido pela ONU.
As Nações Unidas, os Estados Unidos, a União Europeia, a União Africana e o bloco regional do oeste africano (ECOWAS, na sigla em inglês) cobram que Gbagbo reconheça Ouattara como o vencedor e aceite uma proposta de exílio.
Gbagbo permaneceu no poder apesar do fim de seu mandato em 2005. As eleições presidenciais foram adiadas seis vezes, até a celebração do primeiro turno em 31 de outubro e do segundo turno em 28 de novembro.
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