Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/12/2010 - 13h44

Obama e Hu marcam cúpula para 19 de janeiro nos EUA

Publicidade

CHRIS BUCKLEY
CAREN BOHAN
DA REUTERS, EM PEQUIM E WASHINGTON

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, receberá seu colega chinês, Hu Jintao, para uma visita de Estado em 19 de janeiro, informou o governo americano. Disputas cambiais e a questão da Coreia do Norte devem marcar a cúpula.

A Casa Branca disse que a visita salientará a importância de ampliar a cooperação "sobre questões bilaterais, regionais e globais".

Os dois governos devem usar a cúpula para tentar exibir uma boa relação, mas Obama e Hu terão discordâncias a debater, especialmente com relação ao superavit comercial chinês e ao controle cambial de Pequim sobre o iuan.

Washington diz que a excessiva desvalorização da moeda chinesa dá às empresas do país uma vantagem injusta no mercado internacional. O deficit comercial dos EUA com a China cresceu 20% nos primeiros dez meses do ano, e pode superar US$ 270 bilhões ao longo de 2010, ultrapassando o recorde de US$ 268 bilhões em 2008.

Com relação à Coreia do Norte, a China resiste aos apelos ocidentais para impor mais pressão aos seus aliados de Pyongyang por causa do seu programa nuclear e de outras atitudes que causam tensão na região --como o recente bombardeio a uma ilha sul-coreana, que deixou quatro mortos.

Mas cúpulas como essa, cuidadosamente planejadas, servem mais para nutrir a compreensão do que para buscar soluções para grandes questões, segundo David Lampton, professor de estudos chineses na Escola de Estudos Internacionais Avançados Paul H. Nitze, em Washington.

"Se essa viagem levar os dois líderes a terem apreciações mais realistas dos limites que cada país enfrenta no tratamento mútuo, só isso já deveria ser visto como uma viagem bem sucedida", afirmou.

A China espera que os EUA evitem gafes como as que marcaram a viagem de Hu à Casa Branca, em 2006. Naquela ocasião, o hino da República Popular da China foi anunciado como sendo da "República da China", expressão que se refere a Taiwan, ilha que Pequim considera ser uma província rebelde.

Hu também passou constrangimento quando um seguidor da proscrita seita chinesa Falun Gong lhe proferiu um sermão de três minutos a partir da área de imprensa.

A China considera que aquela foi uma "visita de Estado", enquanto os EUA a classificam como uma visita oficial, o que é um rótulo de menos prestígio. Os EUA consideram que a última visita de Estado de um líder chinês foi feita em 1997 por Jiang Zemin.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página