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25/12/2010 - 11h21

Braço armado do Hamas diz estar pronto para guerra a qualquer momento

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DA FRANCE PRESSE, EM GAZA
DE SÃO PAULO

O braço armado do movimento islâmico palestino Hamas afirmou neste sábado que continua respeitando a trégua com Israel, mas está pronto para retomar a guerra a qualquer momento.

"Há um cessar-fogo efetivo no terreno. Ele permanecerá enquanto Israel detiver suas agressões e por fim ao assédio. Mas vamos responder com firmeza a menor agressão israelense", disse Abu Obeideh, porta-voz das Brigadas Ezzedin Al Qassam, em entrevista a jornalistas.

Hamas e Israel estão em trégua desde janeiro de 2009, quando acabou a operação israelense na faixa de Gaza, alegadamente uma retaliação aos constantes ataques de morteiros contra o território israelense.

Mohammed Salem/Reuters
Membros do braço armado do Hamas falam com jornalistas às vésperas dos dois anos da ofensiva israelense contra a faixa de Gaza
Membros do braço armado do Hamas falam com jornalistas às vésperas dos dois anos da ofensiva israelense contra a faixa de Gaza

Apesar da trégua, grupos armados palestinos disparam frequentememte foguetes e bombas contra Israel --que reage com ataques contra alvos em Gaza.

Na manhã deste sábado, a força aérea israelense bombardeou quatro alvos na faixa de Gaza, ferindo pelo menos duas pessoas. O ataque foi uma resposta ao lançamento de foguetes contra o sul de Israel nesta sexta-feira, que não deixou vítimas.

"Nós estamos perfeitamente preparados para responder a qualquer agressão israelense", disse o porta-voz durante uma conferência de imprensa para lembrar o segundo aniversário da ofensiva israelense contra a faixa de Gaza, em 27 de dezembro de 2008.

"Nossas armas são menos numerosas do que as da ocupação israelense, mas temos algo que pode incitá-los", acrescentou, sem especificar. Nesta semana, o Exército israelense anunciou que os grupos armados em Gaza utilizaram pela primeira vez um míssil antitanque Kornet, feito na Rússia.

Ofensiva

Israel lançou em 27 de dezembro de 2008 uma grande ofensiva contra o Hamas na faixa de Gaza, com objetivo declarado de retaliar o lançamento de foguetes contra o território israelense.

Segundo o Centro Palestino de Direitos Humanos, a operação deixou 1.434 palestinos mortos --incluindo 960 civis, 239 policiais e 235 militantes. Já as Forças de Defesa israelenses admitiram ter matado 1.370 pessoas, incluindo 309 civis inocentes, entre eles 189 crianças e jovens com menos de 15 anos.

Diversos grupos de direitos humanos divulgaram relatórios criticando os dois lados por crimes de guerra --Israel pelo abuso de força em um território populoso e o Hamas por usar civis como escudos e por atirar foguetes indiscriminadamente contra Israel.

O Exército israelense realizou uma investigação interna em abril de 2009, diante de relatos publicados no jornal israelense "Haaretz" de soldados que lutaram na recente ofensiva na faixa de Gaza e que descrevem assassinato de civis inocentes, além de um bilhete que ordena ataques a equipes médicas e a campanha dos rabinos do Exército para transformar a operação em uma "guerra santa". Na época, as Forças Armadas israelenses rejeitaram as denúncias como boatos.

 

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