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Sudeste da Ásia lembra seis anos do tsunami que matou 226 mil
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DA EFE, EM JACARTA (INDONÉSIA)
Os países do sudeste da Ásia lembram neste domingo os exatos seis anos de uma das maiores catástrofes mundiais. Em 26 de dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,1 destruiu cidades litorâneas de uma dúzia de nações banhadas pelo oceano Índico e causou uma série de tsunamis que deixou 226 mil mortos.
A região mais atingida foi a província de Aceh, na Indonésia, onde as populações costeiras desapareceram varrida pelas ondas. No norte da ilha de Sumatra, poucos dos quatro milhões de moradores não perderam um membro da família ou um amigo na tragédia.
Entre outros eventos, estudantes japoneses e indonésios foram plantar flores de papel que imitam as cerejeiras que florescem na primavera, cada uma com uma mensagem para as vítimas do tsunami.
Nathan G./Efe | ||
Mulheres jogam leite puro na praia de Marina, em Chennai, um tributo às vítimas do tsunami de 2004 |
O país perdeu 164 mil cidadãos --dos quais cerca de 21% foram tido como desaparecidos. Mesmo depois de seis anos, pais ainda estão agarrados à esperança de ver um dia o filho que desapareceu 26 de dezembro de 2004, também um domingo.
Banda Aceh, capital da província, caiu em ruínas. Casas em ruínas em todos os lugares, barcos e mortos nas ruas por toda parte. Uma paisagem desolada para aqueles que vieram com ajuda humanitária.
"Eu nunca tinha visto nada parecido. É inacreditável", disse dois meses depois o ex-presidente dos EUA George H. Bush. Ele foi visitar, junto ao também ex-presidente Bill Clinton, o país para avaliar as necessidades de quem sobreviveu.
As ondas gigantes só pouparam quem estava a centenas de metros no interior da costa.
No sul da Tailândia, onde 5.395 foram mortos, incluindo 2.248 estrangeiros de 37 países e 2.817 desaparecidos, foi feita uma reconstrução detalhada do que aconteceu.
Poucos minutos antes das 8h, o terremoto de magnitude 9,1 atingiu a região. Uma hora e quarenta minutos depois, o mar de Andaman, que banha a costa da Tailândia, recuou cerca de cem metros. Cinco minutos depois, o primeiro tsunami chegou, com ondas de até sete metros. Vinte minutos depois, veio a segunda rodada, com ondas de até dez metros. Uma terceira onda de cinco metros atingiu a mesma região, 17 minutos depois.
Os indonésios, que estavam ao lado do epicentro do tremor, não tiveram tempo de se preparar ou perceber o que estava por vir. Seis anos depois, o foco está na reconstrução.
"As conquistas em Aceh desde o tsunami superam todas as coisas imagináveis há seis anos", disse o diretor para Indonésia do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Estevão Rodrigues.
"A província ainda tem muitos desafios a superar, inclusive a necessidade de reanimar a economia para criar empregos produtivos, melhorar a qualidade ea eficiência dos serviços públicos e trazer esses serviços para os pobres", ressaltou Rodrigues. Em termos de pobreza e qualidade de vida, o ex-sultanato de Aceh permanece entre as áreas mais pobres da Indonésia.
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