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27/12/2010 - 14h57

Fatah exorta Hamas à reconciliação para evitar nova guerra em Gaza

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DA EFE, EM RAMALLAH

O movimento nacionalista Fatah exortou nesta segunda-feira seu rival Hamas à reconciliação palestina para evitar uma nova ofensiva de Israel na faixa de Gaza, como a que entre 2008 e 2009 acabou com a morte de 1.400 palestinos.

"A necessidade de reconciliação é mais urgente e importante, especialmente devido às ameaças israelenses de lançar uma nova guerra na faixa", disse o negociador-chefe palestino e membro do Comitê Central do Fatah, Saeb Erekat, em entrevista à rádio pública 'A voz da Palestina'.

O diplomata deu as declarações no segundo aniversário da ofensiva "Chumbo Fundido", que Israel desencadeou em 2008 como resposta ao lançamento de foguetes e bombas por parte das milícias islamitas da faixa, que buscavam com isso forçar a anulação do bloqueio a esse território.

Além das mortes, metade delas de civis, a operação militar israelense deixou uma destruição em massa da qual Gaza ainda não se recuperou.

Treze israelenses morreram durante essa guerra, na qual a comunidade internacional, por meio de um relatório do juiz Richard Goldstone, nomeado pela ONU, acusou tanto Israel como o Hamas de terem violado o direito internacional de guerra e cometido possíveis crimes contra a humanidade.

Controlada pelo Hamas desde 2007, quando esse movimento se rebelou contra a autoridade do moderado presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, a faixa de Gaza viu nos últimos meses um levantamento parcial do bloqueio comercial, mas ainda segue fechada tanto por Israel como pelo Egito.

Nos últimos dez dias, os lançamentos de foguetes por parte das milícias islamitas e os bombardeios israelenses aumentaram, até gerar uma escalada da violência e das ameaças mútuas.

"Espero que não haja necessidade de outra operação Chumbo Fundido, mas se a situação continuar (..), se foguetes forem lançados contra Israel (..) então teremos que responder, e o faremos com toda nossa força", advertiu ontem o vice-primeiro-ministro israelense, Silvan Shalom.

Um dia antes, em entrevista coletiva em Gaza, o porta-voz do grupo armado do Hamas, Abu Obeid, alertou Israel de "estar brincando com fogo", e que seus "homens lutarão ferozmente se for iniciada uma nova guerra".

 

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