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28/12/2010 - 20h46

Voos começam a ser normalizados em Nova York, mas caos ainda pode durar três dias

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DE SÃO PAULO

Atualizado às 20h56.

A nevasca que atingiu o nordeste dos EUA no final de semana afetou os voos que fazem as rotas entre o Brasil e Nova York, que aos poucos vão sendo retomados. Com 4.500 voos cancelados ou atrasados no domingo e segunda-feira só nos três aeroportos de Nova York, dezenas de milhares de passageiros ficaram "acampados" nos terminais e podem ser necessários até três dias para normalizar a situação.

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Veja a situação dos voos entre Brasil e Nova York nesta terça-feira:

Todos os voos da TAM, de acordo com a própria companhia, chegaram ao Brasil, apesar de atrasos. A empresa programou cinco voos extras entre hoje e amanhã para transportar os passageiros que ainda não chegaram a Nova York ou não voltaram ao Brasil por conta das nevascas dos últimos dias. Os demais voos da companhia para Nova York estão confirmados. O voo regular de Guarulhos (São Paulo) para Nova York está com decolagem prevista para as 22h30.

A Continental Airlines cancelou seu voo de hoje às 23h05 de Guarulhos para o aeroporto de Newark. O voo de ontem, que tinha sido cancelado, saiu apenas na manhã desta terça-feira, e a previsão é de que ele retorne ainda hoje à noite trazendo passageiros de volta ao Brasil. Os voos da companhia aérea para Houston operam normalmente, segundo a assessoria de imprensa da empresa.

Os voos da United Airlines partindo de Guarulhos (São Paulo) e do Galeão (Rio de Janeiro) para Washington e Chicago operam normalmente na noite desta terça-feira, segundo a assessoria de imprensa da United. Todos os voos da companhia com origem nos EUA chegaram ao Brasil na manhã de hoje, alguns com atrasos. O voo que era previsto para chegar em São Paulo às 10h15 acabou aterrissando somente às 13h20.

Dois voos da Delta Airlines, um que deveria aterrissar e outro que deveria partir de Guarulhos nesta terça-feira foram cancelados, de acordo com a Infraero.

Segundo a American Airlines, todos os voos provenientes dos EUA aterrissaram, um deles com quase três horas de atraso. O voo de Guarulhos para Nova York das 23h20 está previsto para partir às 0h56, e o check-in já está aberto, segundo a Infraero.

CAOS AÉREO

Depois de trazer o caos aos transportes, afetando milhares de voos, rotas ferroviárias e rodovias, a intensa nevasca que atingiu a região nordeste dos EUA finalmente se dissipou rumo ao Canadá mas deixou um saldo de prejuízos e muitos transtornos ainda por serem resolvidos. A normalização dos voos pode levar até três dias.

Nos aeroportos, os passageiros que perderam mais de 4.500 voos precisam agora remarcar suas passagens e as companhias aéreas devem levar dias para desafogar a fila de espera.

Matt Rourke/AP
Equipes removem neve do aeroporto da Filadélfia; ao menos 2.000 voos foram cancelados devido ao mau tempo
Equipes removem neve do aeroporto da Filadélfia; ao menos 4.500 voos foram cancelados devido ao mau tempo

"Cerca de 4.500 voos não decolaram nos últimos dois dias e levará dois a três dias para administrar estas pessoas e voltar a um mínimo grau de normalidade", disse o porta-voz da autoridade regional de transportes Steve Coleman.

Os três maiores terminais aéreos de Nova York foram fechados por volta do meio dia de domingo (26) e só reabriram na noite de ontem (27), para decolagens. Os poucos seriam retomados nesta terça-feira pela manhã.

De acordo com a porta-voz da agência federam de transportes, Sterling Payne, o governo já coordena com as companhias aéreas e aeroportos um esquema especial para aumentar o número de funcionários frente à gigantesca demanda reprimida de voos.

Em grandes metrópoles como Nova York, Boston, Filadélfia, Chicago, Charlotte e a capital Washington, a previsão é de que as temperaturas não subam de zero ao menos por mais uma semana, o que deve dificultar o derretimento ou remoção da espessa camada de neve --mais de 60 cm em muitos locais-- que cobre as cidades.

"Esta tempestade foi uma das mais desafiadoras que tivemos nos últimos anos", disse o gerente geral do aeroporto La Guardia, em Nova York, Thomas Bosco.

FAXINA

Os nova-iorquinos limpavam nesta terça-feira a neve com pás depois que uma das maiores nevascas da história atingiu a cidade.

As ruas normalmente movimentadas da cidade estavam praticamente vazias, muitas ainda cobertas por montes de neve, e o transporte público, gravemente afetado, retomava as operações regulares, depois que 50,8 centímetros de neve cobriram Nova York num período de 17 horas entre domingo e segunda-feira.

Boston, Filadélfia e outras cidades da Costa do Atlântico também sofreram com nevascas e todos batalhavam para voltar ao normal depois de um feriado em que o lixo não foi recolhido, os escritórios ficaram fechados e os consumidores ficaram em casa. Este período normalmente é o mais movimentado do ano para o comércio.

Em Boston, dezenas de milhares de cidadãos ficaram sem energia depois de 46 centímetros de neve, a décima pior nevasca da cidade desde que o Serviço Nacional do Tempo começou a registrar números, em 1892. A cidade iniciou sua operação de emergência de neve na segunda-feira e o transporte público estava operando praticamente sem problemas na terça-feira.

Um cadeira caiu do cabo do teleférico no resort de esqui Sugarloaf Mountain, no Maine, na terça-feira, ferindo oito pessoas, disse o resort em nota. O resort, na segunda montanha mais alta do Maine, tinha ventos de até 63 quilômetros por hora e temperaturas de -11ºC.

RECLAMAÇÕES EM NY

Os mais de 50 centímetros de neve que caíram no Central Park marcaram a sexta maior nevasca de Nova York desde que são feitos registros, disse um porta-voz do Serviço Nacional do Tempo. Até 81 centímetros de neve caíram em Nova Jersey. Os ventos atingiram 105 quilômetros por hora.

O recorde de neve para Nova York é de 67,1 centímetros, em 11 e 12 de fevereiro de 2006.

Como era de se esperar, os nova-iorquinos reclamaram dos serviços da prefeitura, com a frota de 2.000 caminhões de limpeza de neve enfrentando os quase dez mil quilômetros de ruas da cidade.

Com ambulâncias e ônibus atolados na neve e muitos bairros nos distritos fora da ilha de Manhattan sem serviços de limpeza de neve, choveram acusações de que a prefeitura não se preparou para uma nevasca que foi prevista há dias.

"Se sua rua foi limpa, a resposta foi adequada. Se sua rua não foi limpa, não foi adequada. Gritar e reclamar sobre isso não ajuda", disse o prefeito Michael Bloomberg em entrevista coletiva.

A praça Times Square estava praticamente toda limpa em preparação para a celebração do Ano Novo, na noite de sexta-feira.

O trânsito fluía normalmente sobre uma fina camada de neve derretida, depois que o chamado "cruzamento do mundo" ter ficado quase sem carros na segunda-feira, com montanhas de neve.

Com agências de notícias

 

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