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06/01/2011 - 09h46

Mais chuvas atingem Austrália e agravam inundações; país culpa La Niña

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Novas tempestades trouxeram mais água nesta quinta-feira ao Estado australiano de Queensland, onde mais de 200 mil sofrem com as piores inundações em décadas.

Os meteorologistas alertam que as chuvas vão demorar para cessar e culpam o fenômeno climático La Niña --que teria trazido as chuvas ininterruptas que elevaram drasticamente o nível das águas dos rios.

La Niña rendeu a Queensland seu ano mais úmido da história. No total, 40 cidades foram afetadas pelas inundações, um território equivalente a França e Alemanha somadas.

"Em julho, as condições de La Niña estavam estabelecidas e a maior parte da Austrália sofreu chuvas acima da média", disse o serviço meteorológico australiano, em relatório anual.

Patrick Hamilton/AP
Área rural da de Rockhampton, na Austrália, ainda está sob a água; mais chuvas podem piorar a situação
Área rural da de Rockhampton, na Austrália, ainda está sob a água; mais chuvas podem piorar a situação

La Niña, diferentemente de El Niño, se caracteriza pelo aumento das temperaturas superficiais do mar no Pacífico central e oriental. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o fenômeno vem acompanhado de fortes chuvas na Indonésia, Malásia e Austrália, seca na América do Sul, tormentas no Atlântico tropical, ondas de frio na América do Norte e tempo chuvoso no sudeste de África.

A OMM indicou em outubro que La Niña, que reapareceu em julho, duraria seis meses e causaria furacões e monções mais intensos.

As águas começaram a baixar apenas em Rockhampton, cidade costeira de cerca de 75 mil moradores e uma das mais afetadas pelas águas. As autoridades alertaram os moradores, contudo, a não voltar para casa ainda e que o risco agora são as cobras que deixam seus habitats naturais inundados em busca de lugares secos.

"Não podemos colocar em risco nossos agentes levando os moradores a estas casas inundadas", disse o prefeito Brad Carter, alertando que o nível das águas deve continuar muito alto por ao menos uma semana.

Em outra parte de Queensland, algumas comunidades começaram o lento processo de recuperação, enquanto outros estavam se preparando para outro dilúvio.

A cidade de St. George, que foi devastada por inundações em março passado, aguarda o pico do nível do rio Balonne na próxima semana. Cerca de 10 mil sacos de areia foram embalados e mais estavam sendo preenchidos nesta quinta-feira para proteger as casas dos 2.500 moradores.

Em Bundaberg, ao sul de Rockhampton, cerca de metade da cidade já foi limpa. As águas recuaram rapidamente esta semana, embora as novas tempestades estejam causando alguma ansiedade, disse o prefeito Loreno Pyefinch.

Daniel Munoz /Reuters
Mulheres caminham por rua alagada em Depot, em Rockhampton, na Austrália; culpa seria de La Niña
Mulheres caminham por rua alagada em Depot, em Rockhampton, na Austrália; culpa seria de La Niña

"A maioria das áreas afetadas estão agora fora da água e temos equipes de trabalho recolhendo lixo e destroços das casas e empresas", disse.

No sudoeste do Estado, os 150 moradores da pequena comunidade de Condamine tinham a esperança de regressar a casa nesta quinta-feira, uma semana depois de serem retirados diante da inundação causada pelo rio homônimo.

Mas uma tempestade na tarde de quarta-feira fechou estradas locais e a previsão de chuva no fim de semana pode atrasar o seu regresso. A cidade ainda não retomou os serviços de água e eletricidade e 42 das 60 casas estão sob água.

"O dano é extremamente significativo, é tão simples como isso", disse o prefeito Ray Brown. "É um impacto enorme."

 

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