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Chancelaria da Islândia convoca embaixador americano por investigação do WikiLeaks
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DE SÃO PAULO
DA FRANCE PRESSE
O embaixador americano em Reykjavík foi convocado nesta segunda-feira ao Ministério de Relações Exteriores da Islândia. O motivo foi uma petição de Washington exigindo detalhes sobre a conta no Twitter de uma deputada islandesa simpatizante do site WikiLeaks.
A chancelaria islandesa expressou ao embaixador Luis Arreaga sua "séria inquietude porque uma deputada islandesa é objeto de uma investigação criminal", segundo um comunicado do ministério.
O Wikileaks é um site conhecido por divulgar documentos sigilosos. Embora no ar há alguns anos, ele ganhou destaque internacional neste ano, ao levar a público 77 mil documentos da inteligência americana sobre o Iraque e, nas últimas semanas, mais de 250 mil telegramas secretos do Departamento de Estado dos EUA com os bastidores da diplomacia americana.
A divulgação desses documentos diplomáticos enfureceram os EUA e criaram uma saia-justa para a diplomacia internacional.
INTIMAÇÃO
Um tribunal americano enviou, em 14 de dezembro, uma intimação ao site Twitter pedindo as mensagens particulares, contatos, endereços IP e detalhes pessoais das contas no microblog de Birgitta Jonsdottir, do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e de outros simpatizantes do site "para o período que vai de 1º de novembro de 2009 até hoje".
Para a Islândia, tal investigação poderia afetar consideravelmente o trabalho da parlamentar, "inclusive sua liberdade de deslocamento e suas possibilidades de participar do debate político em escala internacional".
TUÍTES
Em sua conta no Twitter, a deputada disse nesta segunda-feira que mudou seu trajeto da Islândia para o Canadá --onde apresentará seu programa sobre liberdade de imprensa na Islândia-- para evitar fazer escala nos EUA.
"Vou para o aeroporto: devo ir ao Canadá da Islândia via Londres, em vez de EUA", escreveu.
Em outra mensagem, ela acusou o governo americano de querer "criminalizar" a publicação de algumas informações, colocando "os jornalistas em perigo no futuro".
Jonsdottir é uma militante ativa da liberdade de imprensa, e também membro do comitê parlamentar para Relações Exteriores.
Ela se afastou do WikiLeaks nos últimos meses, mas mesmo assim tornou pública a intimação do tribunal americano no sábado, em sua conta no Twitter.
"Acabo de receber isso: Twitter recebeu uma intimação legal pedindo informações sobre sua conta Twitter em relação [ao WikiLeaks]", escreveu.
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