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Sem fiança, atirador que matou seis no Arizona pode enfrentar pena de morte
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DE SÃO PAULO
Jared Loughner, 22, acusado de matar ao menos seis a tiros no Arizona, compareceu nesta segunda-feira à corte e permaneceu inerte ao ouvir o juiz negar libertação sob fiança e alertar que ele pode enfrentar a pena de morte pelo violento ataque.
Loughner é o principal e único suspeito de atirar, com uma pistola Glock, contra os presentes em um evento político em Tucson, no Estado americano do Arizona. Ao menos seis pessoas morreram, incluindo uma menina de 9 anos nascida em 11 de Setembro e o juiz federal John Roll. Outras 14 ficaram feridas, incluindo a deputada democrata Gabrielle Giffords, 40, que seria o alvo do ataque.
Efe | ||
Jared Lee Loughner, 22, é acusado de abrir fogo em evento político no Arizona, matando seis e ferindo 14 |
Giffords continua em estado crítico depois de ser baleada na cabeça, mas conseguiu se comunicar com sinais e os médicos estão esperançosos de sua recuperação.
Loughner foi preso minutos depois do tiroteio, disseram as autoridades. Ele mantém silêncio desde então e não disse uma palavra aos investigadores.
Na corte, entrou com as mãos algemadas e vestindo um uniforme de presidiário. Seu cabelo estava raspado e ele tinha um corte no lado direito da cabeça.
Ao entrar, ele não demonstrou emoção e olhou diretamente para a multidão no fundo da sala, lotada de jornalistas. Depois virou-se para falar com sua advogada, Judy Clarke. Ele não deu nenhuma declaração e respondeu às perguntas com voz forte, curvando-se em direção ao microfone para dizer que tinha entendido as acusações contra ele e que uma advogada lhe tinha sido indicada.
O juiz perguntou se ele entendia que poderia ser condenado à prisão perpétua ou mesmo pena de morte por matar o juiz federal. "Sim", respondeu.
Loughner é representado por Judy Clarke, advogada que defendeu Ted Kaczynski, conhecido como Unabomber por enviar cartas-bomba a alvos em universidades e linhas aéreas. Ele escreveu um manifesto de 35 mil palavras em um caderno antes de ser capturado, depois de matar três pessoas e ferir 23 nos anos 90.
Seu currículo inclui ainda a defesa de McVeigh, co-autor do ataque a bomba de 1995 contra um prédio federal de Oklahoma que matou 168 pessoas; e Susan Smith, mulher da Carolina do Sul que afogou os dois filhos em 1994.
PLANEJAMENTO
Evidência recolhida na casa de Loughner, cerca de oito quilômetros do local do crime, indicam que ele planejava matar a deputada Giffords, que foi atingida na cabeça com um tiro, e que o ataque foi planejado.
O agente especial Tony M. Taylor J, do FBI (Polícia Federal americana), disse que um envelope encontrado em um cofre na casa tinha as palavras "eu planejo com antecedência", "meu assassinato" e "Giffords" escrito a mão. A polícia diz que Loughner provavelmente agiu sozinho.
No sábado (8), o homem identificado como Loughner atirou com uma pistola Glock semiautomática em Giffords e em outras 19 pessoas, em um evento político na frente de um supermercado de Tucson.
Reuters | ||
Montagem mostra deputada Gabrielle Giffords (centro) e as seis vítimas do ataque de Jared L. Loughner |
O evento chamado "Congress on Your Corner" (Congresso na sua Esquina, em tradução livre) tinha como objetivo permitir que os eleitores se encontrassem com a parlamentar pessoalmente.
Reeleita para seu terceiro mandato no pleito de 2 de novembro, Giffords representa no Congresso um distrito eleitoral do Arizona. Ela tem como focos a reforma da imigração, assuntos militares, pesquisas com células-tronco e energia alternativa. Ela é casada com o astronauta americano Mark Kelly.
As vítimas incluem o juiz John Roll, 63, a menina Christina Taylor Green, nascida no fatídico 11 de setembro de 2001, e os assessores de Giffords --Gabe Zimmerman, 30; Dorothy Morris, 76; Dorwin Stoddard, 76; e Phyllis Schneck, 79.
HOMENAGEM
O presidente americano, Barack Obama, deve viajar a Tucson na quarta-feira para discursar em um memorial pelas vítimas, na Universidade do Arizona.
O jornal "Washington Post" afirma que Obama deve discursar sobre tolerância, diante da hipótese de que o crime tenha sido motivado por convicções políticas extremistas.
Os Estados Unidos, com Obama à frente, realizaram um minuto de silêncio nesta segunda-feira em memória das vítimas do massacre.
Jason Reed-10jan.11/Reuters | ||
Presidente americano, Barack Obama, durante minuto de silêncio em homenagem às vítimas de massacre |
Às 11h em Washington (14h de Brasília), Obama e sua mulher, Michelle, saíram pela porta sul da Casa Branca e deram alguns passo antes de ficarem parados, com a cabeça baixa e os olhos cerrados, enquanto tocava um sino ao fundo.
O casal presidencial, cercado pelo pessoal da Casa Branca, se dirigiu posteriormente para sua residência, sem realizar nenhuma declaração.
Obama pediu no domingo que a bandeira americana seja hasteada a meio mastro em todos os edifícios públicos e militares do país e do resto do mundo "como um sinal de respeito às vítimas".
Com agências de notícias
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