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Manifestantes marcham no centro da capital da Tunísia contra ditador
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Dezenas de manifestantes marcham na manhã desta sexta-feira pelo centro de Túnis, capital tunisiana, cantando lemas contra o ditador Zine El Abidine Ben Ali, afirma a agência de notícias France Presse.
O protesto começou às 9h (6h em Brasília) e não há relato de violência e confrontos com a polícia, como os que mataram ao menos 23 pessoas, segundo dados do governo, e 66, na conta das organizações de direitos humanos e sindicalistas.
A marcha ocorre horas depois de Ben Ali, há 23 anos no poder, dizer que vai deixar o poder em 2014, quando o país terá novas eleições.
"Entendo o povo", disse o governante à TV tunisiana, ao ordenar um cessar-fogo às tropas de segurança para tentar acalmar os piores protestos em décadas. Jornalista da France Presse em Túnis relata que as forças de segurança vistas há semanas no centro da capital não estavam mais nas ruas nesta sexta-feira.
A cidade, afirma a agência, começou a voltar à rotina com a reabertura das lojas e cafés e o fluxo habitual de veículos.
Os protestos começaram no dia 17 de dezembro, depois que um jovem comerciante ateou fogo ao próprio corpo em Sidi Bouzid, a 265 km ao sul de Túnis. Ele protestava contra o embargo pela polícia de frutas e verduras que vendia na rua. As autoridades alegam que ele não tinha autorização.
O rapaz, um desempregado com educação superior, morreu em 4 de janeiro, em um hospital na capital tunisiana.
Desde o protesto, milhares de tunisianos foram às ruas do país alegando estar revoltados com a falta de empregos para os jovens e o que eles percebem como reação exagerada da polícia na tentativa de controlar os protestos. Eles reclamam ainda por melhores condições de vida e contra corrupção e repressão do governo.
As autoridades, por sua vez, dizem que os distúrbios foram o trabalho de uma minoria de extremistas violentos no país onde o governista Marcha pela Constituição e Democracia, domina o cenário político.
Eles afirmam ainda que a polícia apenas atirou em defesa própria, quando foi atacada por manifestantes violentos, que ignoraram os disparos de alerta. Os protestos, sem precedentes no país, levaram algumas regiões a decretar estado de sítio e levaram militares às ruas para tentar manter a ordem pública.
Colônia francesa até 1956, a Tunísia foi governada por Habib Bourguiba até 1987, quando Ben Ali tomou o poder num golpe de Estado. Embora jamais tenha sido uma democracia, o país do norte da África ostenta uma forte economia, tem um dos melhores índices de desenvolvimento humano do continente e é visto como uma das nações mais seculares do mundo árabe.
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