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20/01/2011 - 07h29

Ministros do novo governo deixam partido de ditador na Tunísia

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Todos os ministros do governo de transição deixaram o partido governista RCD na Tunísia, em uma concessão aos protestos diários populares e da oposição para que a legenda do ditador deposto Zine el Abidine Ben Ali seja dissolvida ou ao menos afastada do poder.

O gesto visa a acalmar os manifestantes que vão às ruas todos os dias para protestar contra a permanência de aliados do líder deposto no novo governo de transição. Nesta semana, quatro ministros da oposição chegaram a renunciar como medida para pressionar os ministros do RCD a deixar o governo.

O primeiro-ministro e o presidente já haviam deixado o partido nesta semana, mas o gesto trouxe pouco alívio aos manifestantes.

O conselho de ministros do governo de transição se reunirá nesta quinta-feira pela primeira vez --sem a presença de três dos ministros opositores-- e abordará novas medidas relacionadas com a anistia e a separação de poderes, assinalaram fontes do Executivo.

Nesta quinta-feira, a situação é de relativa calma no país, segundo moradores ouvidos pela agência de notícias Efe. Na capital Túnis, não foram ouvis disparos durante o toque de recolher, cujo início foi atrasado em duas horas desde a quarta-feira, devido à melhora da situação de segurança.

PRISÃO

A polícia deteve ainda 33 membros da família do ditador deposto da Tunísia Zine el Abidine Ben Ali e de sua mulher, Leila Trabelsi, nos últimos dias por diferentes delitos contra o país, informou o canal de TV estatal.

A emissora divulgou dos agentes de polícia levando joias, relógios e cartões de crédito internacionais dos detidos, embora não tenha precisado suas identidades nem as circunstâncias em que foram presos. Os 33 detidos foram postos à disposição judicial, indicou a emissora.

A Justiça tunisiana abriu na quarta-feira um processo contra Ben Ali e vários membros de sua família por "aquisição ilegal de bens móveis e imobiliários, depósitos financeiros ilícitos no exterior e evasão de divisas".

A investigação judicial inclui o ex-ditador, que fugiu para a Arábia Saudita na sexta-feira após um mês de protestos populares pela sua queda, sua mulher, e os irmãos, genros e sobrinhos dela. A imprensa tunisiana afirma que os bens poderão ser desapropriados caso seja comprovada a origem ilegal.

O clã dos Trabelsi é suspeito há anos de apropriação das riquezas, incluindo terras e bens do Estado.

 

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