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09/02/2011 - 10h29

Testemunha diz ter visto gêmeas suíças desaparecidas em barco

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DA FRANCE PRESSE
DE SÃO PAULO

As gêmeas suíças de seis anos desaparecidas desde 30 de janeiro estavam a bordo do barco no qual seu pai, que quatro dias depois se suicidou, havia embarcado rumo a Córsega, indicou nesta quarta-feira a Promotoria de Marselha (sul da França).

"Desde ontem [terça-feira] sabemos por passageiros do barco entre Marselha e Propriano [sul de Córsega] que o homem estava com as meninas a bordo", afirmou à imprensa o promotor Jacques Dallest.

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Imagem cedida pela polícia mostra as gêmeas sequestradas pelo pai, Matthias Schepp, que se lançou debaixo de um trem
Imagem cedida pela polícia mostra as gêmeas sequestradas pelo pai, Matthias Schepp, que se lançou debaixo de um trem

Três passageiros do barco, entre estes a vizinha de camarote do pai, Matthias Kaspar Schepp, e das duas meninas, Alessia e Livia, prestaram testemunho ante a Promotoria.

"A vizinha de camarote explicou que ouviu choro de criança durante a noite e que dias depois viu [as fotos] das meninas e reconheceu formalmente uma delas", explicou o promotor.

Dallest afirmou que o pai e as gêmeas embarcaram no navio Scandola da Companhia Meridional de Navegação (CMN).

A vizinha de camarote também indicou ter visto as duas meninas na área jogos infantis do barco.

"Há inúmeras hipóteses: a mais triste e a mais trágica seria que ele acabou com a vida das meninas, que as matou durante a travessia entre Marselha e Propriano, ou depois", indicou Dallest.

Os investigadores perderam a pista das meninas depois desta viagem de barco, embora um "homem idoso" em Propriano tenha afirmado "ter visto de longe o homem e as duas meninas", apesar de não conseguir identificá-las.

Segundo os primeiros elementos das investigações, o pai das meninas nunca chegou a ir a Córsega.

Uma vasta operação internacional, chamada Operação Gemelle (gêmeas, em italiano) levou os investigadores do sudoeste da Suíça a Apulia, na Itália, passando por Marselha e Córsega na França.

As duas meninas foram sequestradas em 30 de janeiro por seu pai, que cometeu suicídio em 3 de fevereiro jogando-se sob um trem na estação de Cerinola (sul da Itália).

As gêmeas viviam alternadamente com o pai e a mãe, que estavam separados.

DINHEIRO

Nesta terça-feira, descobriu-se que o pai das meninas transferiu o equivalente a US$ 9.570 à sua ex-mulher. A ação, segundo investigadores, indica que Schepp não pretendia usar o valor para cuidar das filhas, caso elas estivessem com ele.

"Isso nos preocupa muito", disse o tio de Alessia e Livia, Valerio Lucidi, irmão da mãe das duas, Irina. "Estamos muito preocupados que algo de ruim tenha ocorrido com elas."

Lucidi disse que o dinheiro foi enviado a Irina em uma série de cartas em que Schepp se dizia incapaz de viver sem ela. O corpo do pai das meninas foi encontrado na última quinta-feira (3) no sul da Itália.

Schepp pegou as filhas no dia 28 de janeiro, uma sexta-feira, e prometeu devolvê-las dois dias depois. Irina alertou a polícia dos desaparecimentos após trocar mensagens de texto com o ex-marido.

"Esperamos encontrá-las o mais rápido possível, mas nossa esperança diminui a cada minuto", disse Lucidi.

 

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