Publicidade
Publicidade
Americanos lançam rap sobre a rebelião egípcia no YouTube
Publicidade
PAULA DAIBERT
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM DOHA (QATAR)
"Ouvi eles dizerem que a revolução não será televisionada; a Al Jazeera provou que estavam errados; o Twitter os deixou paralisados."
São esses os primeiros versos, em inglês, de "#Jan25", rap criado por um grupo de artistas americanos e canadenses de origem árabe, inspirado nos protestos que ocorrem no Egito há mais de duas semanas.
O título faz referência ao símbolo "hashtag", que caracteriza os tuítes, e à data em que se iniciaram as gigantescas manifestações que pedem a queda do ditador egípcio, Hosni Mubarak.
Produzida pelo palestino-americano Sami Matar, a música é uma parceria entre os rappers Omar Offendum, The Narcicyst, Amir Sulaiman, Ayah e Freeway.
Colocado no ar na última segunda-feira, o videoclipe de "#Jan25" já havia ultrapassado 45 mil visualizações no YouTube desde o seu lançamento até o fechamento desta edição.
Com 5 minutos e 48 segundos de duração, o vídeo é uma compilação de várias cenas de confronto entre os manifestantes e a polícia em lugares como a praça Tahrir, epicentro das manifestações pela derrubada da ditadura.
Os artistas só aparecem em montagem fotográfica no início e no final do vídeo, que também aproveita a narração da rede árabe Al Jazeera.
"A revolução não será televisionada" é citação do título da canção mais conhecida de Gil Scott-Heron, músico e escritor americano considerado precursor do rap, lançada em 1970 como uma crítica à mídia "mainstream".
Segundo Offendum, apesar do uso maciço das redes sociais Twitter e Facebook na organização e disseminação de mensagens de apoio aos protestos, o que está ocorrendo no Egito no momento é uma revolução popular real.
"Essa não é uma revolução do Twitter. Foi preciso que muitas pessoas se unissem e se comunicassem para que ela acontecesse", afirmou o rapper sírio-americano durante entrevista à Folha em Doha, no Qatar.
Entretanto, ele não deixa de mencionar que o bloqueio do Twitter no Egito nos primeiros dias de protestos é um sinal de que "os responsáveis pela atual situação no país se dão conta da ameaça que as redes sociais podem representar para eles".
O artista ressalta ainda a importância da transmissão dos protestos pela televisão, sobretudo a Al Jazeera, baseada em Doha, que, segundo ele, preenche um vazio.
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias sobre o Egito
- Mortos sobem para 4 no sul do Egito; protestos ganham força
- Irmandade Muçulmana exige transição rápida no Egito
- Itamaraty confirma suspensão de cúpula com países árabes
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice