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Juiz adia decisão sobre extradição de criador do WikiLeaks
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um juiz britânico disse nesta sexta-feira que precisa de mais tempo para decidir se o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, deve ser extraditado à Suécia para enfrentar acusações de crimes sexuais, e adiou sua audiência de extradição para o dia 24 de fevereiro.
Assange, um especialista em computação de 39 anos, voltou a corte em Londres nesta sexta-feira para ouvir os argumentos finais e a decisão do juiz sobre sua extradição.
O australiano foi acusado de agressão sexual por duas mulheres suecas com as quais manteve relações sexuais durante uma estadia em Estocolmo no mês de agosto do ano passado. As duas mulheres o acusam, entre outras coisas, de havê-las forçado a manter relações sexuais sem preservativo.
Carl Court/AFP | ||
Criador o WikiLeaks, Julian Assange (esq.), chega com sua advogada e porta-voz do site à Corte de Belmarsh |
Ele afirma que as relações foram consensuais e acusa a Suécia de manter interesses políticos no processo, querendo desmerecer o trabalho do WikiLeaks. Ele está atualmente em liberdade assistida, após pagar fiança. Desde então, vive na mansão de um amigo em Ellingham Hall, 200 km ao leste de Londres.
A defesa de Assange alega que ele não teria um julgamento justo na Suécia, pois casos de estupro geralmente são julgados em sessões fechadas. Eles argumentam ainda que existe um risco de que, se ele for extraditado à Suécia, os Estados Unidos peçam sua extradição e o enviem à Guantánamo, a prisão americana para suspeitos de terrorismo, localizada em Cuba.
A acusação diz que não há provas de que ele corra risco de ser extraditado aos EUA e que ele deve ir à Suécia para não conseguir fugir dos interrogatórios.
Ambos os lados devem recapitular seus argumentos na Corte dos Magistrados de Belmarsh nesta sexta-feira para então o juiz decretar a decisão.
CASO
O australiano foi acusado de agressão sexual por duas mulheres do país escandinavo com as quais manteve relações sexuais durante uma estadia em Estocolmo no mês de agosto do ano passado.
As duas mulheres o acusam, entre outras coisas, de havê-las forçado a manter relações sexuais sem preservativo. Ele afirma que as relações foram consensuais e acusa a Suécia de manter interesses políticos no processo, querendo desmerecer o trabalho do WikiLeaks.
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