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Presidente da Colômbia proíbe negociações de paz com as Farc
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, reiterou nesta segunda-feira que seu governo não autoriza negociações de paz entre grupos humanitários e membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Digo com toda a clareza: o governo não autorizou ninguém, nem pensa em fazê-lo --que fique claro, ninguém-- para que realize nenhum tipo de contatos com grupos à margem da lei", disse Santos.
Segundo o presidente, "cada coisa tem seu momento e este não é o momento para esta discussão, muito menos para lançar propostas especulativas" sobre possíveis contatos ou autorizações dirigidas a contactar grupos ilegais para negociar a paz.
No domingo, em uma entrevista divulgada pelo jornal colombiano "El Tiempo", a ex-senadora e mediadora na entrega de vários reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) Piedad Córdoba pediu autorização a Santos para que possa dialogar com os grupos rebeldes na busca por um processo de paz.
"A única coisa que quero é que o presidente me autorize para poder falar com as guerrilhas. Se fizer isso, garanto que haverá resultados", disse Córdoba.
Para Santos, "não há nada que mais afaste a paz do que estar permanentemente falando sobre ela", e por isso, disse, neste momento "devemos nos concentrar em construir condições de paz e reconciliação".
Em outra parte de seu discurso desta segunda-feira, o presidente colombiano foi enfático ao afirmar que no futuro "não haverá zonas desocupadas para os grupos violentos, nem zonas vedadas para a Força Pública", como estipula a lei da Ordem Pública, cuja vigência foi prorrogada pelo Congresso por mais quatro anos.
Entre outros assuntos, esta lei autoriza o governo a iniciar negociações com grupos armados ilegais.
De acordo com o presidente, qualquer esforço de diálogo ou de paz que seja realizado no futuro não trará consigo as mencionadas zonas nem proibirá a presença da Força Pública.
REFÉNS
Mais cedo o governo também sinalizou que a retomada das operações de resgate dos últimos dois de um grupo de seis reféns das Farc não deve ocorrer na terça-feira (15), como espera o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
A missão foi frustrada no domingo (13) devido a coordenadas erradas fornecidas pela guerrilha.
A missão conta com o apoio do Exército do Brasil, que integra as operações com helicópteros e soldados.
Eitan Abramovich/AFP |
Helicópteros do Exército brasileiro participam das operações de resgate de seis reféns das Farc na selva da Colômbia |
"Não é certo que a retomada de qualquer operação para a libertação de sequestrados tenha sido autorizada. O governo está à espera de um encontro com a CICV para receber toda a informação sobre o que aconteceu no dia de ontem [domingo], e só depois disso uma decisão será tomada em relação às operações", indicou em um comunicado a Presidência colombiana.
Mais cedo, chefe da delegação CICV em Bogotá, Christophe Beney, dissera em entrevista à emissora local Caracol Radio que a Cruz Vermelha e a ex-senadora Piedad Córdoba, mediadora das libertações, já tinham autorização do governo do presidente Juan Manuel Santos para "seguir adiante".
"Prefiro claramente seguir adiante e reconhecer a boa vontade do governo da Colômbia de continuar a operação", avaliou Beney, cujo organismo coordenou a missão humanitária que entre quarta-feira e domingo libertou quatro reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) a bordo de helicópteros emprestados pelo Exército do Brasil.
OPERAÇÕES
Nas três fases realizadas nos dias 9, 11 e 13 de fevereiro, o grupo armado entregou os vereadores Marcos Vaquero e Armando Acuña, o infante da Marinha Henry López e o policial Carlos Alberto Obando Pérez.
Eitan Abramovich/AFP | ||
Córdoba aparece ao lado de soldado do Brasil; missão queria resgatar seis reféns das Farc até o domingo |
No entanto, os responsáveis da missão não conseguiram resgatar o major de polícia Guillermo Solórzano e o cabo do Exército Salín Sanmiguel, devido a um suposto erro nas coordenadas que os guerrilheiros entregaram à ex-senadora.
Solórzano e Sanmiguel serão libertados em algum lugar do norte do Departamento [Estado] do Cauca, vizinho ao de Valle del Cauca, cuja capital é Cali, segundo relatou Beney.
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