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17/02/2011 - 09h16

UE pede às Farc que libertem todos os reféns imediatamente

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, fez um apelo nesta quinta-feira à guerrilha colombiana das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) para que liberte imediatamente todos os sequestrados, depois do resgate de mais seis reféns nos últimos dias.

A UE "pede às Farc e aos demais grupos armados ilegais na Colômbia que libertem imediatamente todos os reféns que permanecem em cativeiro", indicou Ashton nesta quinta-feira em um comunicado.

A chefe da diplomacia estimou que as últimas libertações representam um "bom passo para o cumprimento do Direito Internacional Humanitário", mas advertiu que o sequestro, no dia 10, de dois trabalhadores "é uma clara contradição em relação ao espírito humánitario" com o qual as Farc disseram atuar nos últimos dias.

A Alta Representante "reitera o apoio e a solidaridade da União Europeia (UE) para com o povo colombiano e seu governo em sua luta contra o terrorismo", conclui o comunicado.

A guerrilha das Farc libertou na quarta-feira dois reféns, na última fase de uma operação que começou na semana passada e terminou com o resgate de quatro sequestrados.

Os reféns libertados são o major da polícia Guillermo Solórzano e o suboficial do Exército Salín Antonio Sanmiguel. Os dois chegaram de helicóptero a Cali, de onde foram levados de avião para Bogotá.

Na semana passada, as Farc já haviam liberado quatro reféns à missão humanitária, que usa helicópteros cedidos pelo Brasil e é liderada pela ex-senadora Piedad Córdoba.

Solórzano revelou que tentou fugir uma vez. Contudo, os guerrilheiros o encontraram e, como castigo, o acorrentaram por três anos.

"Me prenderam no pescoço e no tornozelo. Foram anos pesados, de muita caminhada", disse o major de 35 anos, que permanecia sequestrado desde junho de 2007.

Sanmiguel também denunciou que recebeu tratamento degradante por parte das Farc.

"Estive o tempo todo acorrentado", declarou o militar de 27 anos, que estava em poder da guerrilha desde maio de 2008.

Os dois foram libertados em boas condições de saúde, de acordo com seus familiares.

Solórzano e Sanmiguel deveriam ter sido soltos no domingo, mas o governo disse que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia passaram coordenadas erradas do local da libertação.

Nos três últimos anos, as Farc libertaram 20 reféns de caráter político, o que analistas veem como uma estratégia da guerrilha para manter seu protagonismo e melhorar sua imagem.

Quinze efetivos das Forças Armadas continuam sequestrados.

 

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