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Milhares de palestinos protestam pelo veto dos EUA na ONU
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DA EFE, NA CISJORDÂNIA
Cerca de 3.000 palestinos protestaram neste domingo na cidade cisjordaniana de Ramala pelo veto dos Estados Unidos na sexta-feira a resolução no Conselho de Segurança da ONU contra a colonização judaica.
"EUA são parciais", "Não podemos negociar com os EUA" e "A ANP [Autoridade Nacional Palestina] não deve continuar as negociações" foram alguns dos slogans de cartazes carregados pelos manifestantes, concentrados em uma praça central.
O protesto foi organizado pelo movimento Fatah, liderado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas.
Neste domingo, o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, criticou o veto americano durante visita em um povoado ao norte da Cisjordânia.
Na sexta-feira, Washington freou uma resolução, apoiada por 130 países, que condenava à contínua ampliação israelense dos assentamentos judaicos nos territórios palestinos e que obteve o "sim" dos outros 14 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Na véspera, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, garantiu que a solidão dos EUA em sua rejeição à proposta representa uma "vitória" da diplomacia, embora matizou que não pretende "boicotar" a Administração de Barack Obama, mediadora nas paralisadas negociações de paz entre israelenses e palestinos.
Washington havia tentado --incluindo duas ligações de Obama ao presidente Abbas-- que os palestinos retirassem a proposta de resolução para evitarem o isolado no veto a uma medida com amplo apoio.
Por sua vez, o movimento islamita Hamas, que governa na Faixa de Gaza, garantiu que o veto "revela a realidade do claro apoio dos EUA" às ações de Israel contra o povo palestino.
Por outro lado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou nesta manhã sua satisfação pelo apoio americano e ressaltou seu compromisso com o diálogo de paz com os palestinos, estagnado desde setembro.
"Israel agradece profundamente esta decisão e seguimos comprometidos em avançar a paz tanto com nossos vizinhos na região com os palestinos", assinalou ao início do conselho semanal de ministros.
De acordo com Netanyahu, "a decisão americana deixa claro que a única via para paz é a da negociação direta e não as ações nos organismos internacionais, que estão desenhadas para evitar as negociações diretas".
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