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Roma monta plano para retirar italianos da Líbia
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DA ANSA, EM ROMA
A Itália já tem um plano para retirar seus cidadãos da Líbia que ainda não foi autorizado oficialmente, informou nesta segunda-feira uma alta funcionária da diplomacia do país à agência de notícias Ansa.
"Estão prontos os planos de evacuação caso [isso] seja necessário, mas ainda não foi autorizado", declarou Stefania Craxi, subsecretária do Ministério das Relações Exteriores da Itália, sobre a situação dos cidadãos italianos no país de Muammar Gaddafi.
A diplomata afirmou que, "por ora, estamos convidando os cidadãos a permanecerem nas casas e a não se juntarem em meio às desordens. Como em outros casos, a Embaixada italiana é perfeitamente equipada para sustentar nossa comunidade no exterior".
Em seu site, o Ministério das Relações Exteriores em Roma desaconselha os italianos a viajarem para a Líbia, um dia após lançar a advertência, em seu site, contra "qualquer tipo de viagem" ao país norte-africano. A pasta também recomenda "evitar as reuniões com multidões, afastar imediatamente das regiões onde estão acontecendo manifestações e, em geral, manter-se sempre informados sobre os acontecimentos internacionais e regionais".
O chanceler italiano, Franco Frattini, encontra-se reunido com outros chefes da diplomacia dos países da União Europeia desde ontem em Bruxelas para discutir a situação política nos países árabes, cuja estabilização, segundo a Farnesina (Chancelaria da Itália), "é uma prioridade da política italiana".
Ele defendeu que os países europeus devem "apoiar todos os processos de transição, mas não interferir" neles. "Não devemos dar a impressão" de que queremos "interferir" ou "exportar nossa democracia. Devemos ajudar, devemos apoiar a reconciliação pacífica", continuou ele.
Frattini insistiu na necessidade de "mobilizar fundos e recursos" para ajudar os países do Magreb. "Se aceitarmos que a economia entre em colapso nestes países, seremos nós os primeiros a pagar as consequências", observou o ministro, em referência ao recente aumento do fluxo migratório do norte da África à costa mediterrânea da Europa.
O chanceler italiano ainda tem uma viagem programada para o Egito hoje, "para dar um sinal de particular atenção a um país" que é "nosso parceiro estratégico e com recíproco interesse". Roma pretende acompanhar as etapas da transição política egípcia "na reforma constitucional, no referendo popular e nas eleições livres e democráticas", segundo o comunicado da Farnesina divulgado em seu site.
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