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EUA pedem que funcionários não essenciais deixem a Líbia
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DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON
Os EUA pediram nesta segunda-feira que todo seu pessoal diplomático não essencial deixe a Líbia e alertaram cidadãos americanos a evitar viajar para o país do norte da África por conta dos protestos antirregime.
Os conflitos na Líbia, que vive manifestações diárias contra o governo de Muammar Gaddafi há seis dias, se agravaram desde o último final de semana. Dezenas de pessoas foram mortas em Trípoli durante a noite quando os protestos contra o regime de Gaddafi, há 42 anos no poder, chegaram à capital da Líbia pela primeira vez desde que a revolta começou.
Os protestos até agora estavam mais concentrados em cidades do leste do país, onde houve dura repressão.
"O Departamento de Estado ordenou que todos os familiares de funcionários da embaixada e pessoal não emergencial deixem a Líbia", informou um comunicado. Os cidadãos americanos fora da Líbia também foram aconselhados a adiar todas as viagens ao país.
"Cidadãos americanos na Líbia devem adiar viagens ao país, tomar extremo cuidado se viajarem, e limitar viagens durante a noite. Os cidadãos americanos que não conseguirem sair da Líbia precisam arranjar abrigo no país."
BAIXAS
A FIDH (Federação Internacional de Direitos Humanos) calcula que entre 300 e 400 pessoas foram mortas desde o início da rebelião.
A FIDH afirmou nesta segunda-feira que manifestantes que pedem a queda do regime do ditador libanês, Muammar Gaddafi, assumiram o controle de diversas cidades do país, entre elas Benghazi e Syrta, ao mesmo tempo em que os protestos chegaram à capital, Trípoli.
O ministro da Justiça líbio, Mustafa Abdeljalil, apresentou nesta segunda-feira sua demissão em protesto "pela sangrenta situação" de seu país, afirmou o jornal eletrônico "Quryna", próximo a Seif el Islam Gaddafi --um dos filhos do ditador Gaddafi.
Segundo a emissora de TV árabe Al Jazeera, forças de segurança estavam saqueando bancos e outras instituições governamentais na capital e que manifestantes invadiram diversas delegacias da cidade e as destruíram.
A dura repressão aos protestos gerou uma onda de demissão de embaixadores líbios em diversos países.
O embaixador líbio na Índia, Ali al Issawi, disse à BBC que decidiu deixar o cargo em protesto contra o uso de violência por parte do governo.
O embaixador da Líbia junto à Liga Árabe, Abdel Moneim al Honi, disse a jornalistas, no Cairo, que está se unindo à revolução. Outra baixa foi o embaixador líbio na China.
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