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24/02/2011 - 15h41

Tremor na Nova Zelândia matou 102; há mais de 220 desaparecidos

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DA REUTERS, EM WELLINGTON
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O número de mortos pelo terremoto em Christchurch, a segunda maior cidade da Nova Zelândia, subiu para 102, enquanto ainda há 228 pessoas registradas como desaparecidas, informou o ministro da Defesa Civil na sexta-feira (horário local).

"Temos 102 mortes confirmadas, e os nomes de quatro foram divulgados", afirmou John Carter a repórteres.

A polícia informou que provavelmente os mortos constituem algumas das pessoas dadas como desaparecidas, mas que não haverá uma confirmação até que as informações sejam cruzadas e checadas.

Mark Baker/AP
Trator ajuda na demolição de igreja em Christchurch que ficou danificada pelo terremoto de terça-feira
Trator ajuda na demolição de igreja em Christchurch que ficou danificada pelo terremoto de terça-feira

Carter disse ainda que não foram encontrados mais sobreviventes.

"O último resgate com vida que registramos foi na quarta-feira", acrescentou.

Acredita-se que entre 50 e 100 pessoas estão sob os escombros da sede da emissora local Caterbury TV, entre elas cerca de 20 estudantes de intercâmbio japoneses, além de jornalistas e policiais que tentaram evacuar o edifício.

A polícia os considera mortos, já que é muito perigoso seguir adiante com a operação de resgate, mas especialistas em salvamento enviados a Christchurch pelo Japão e por outros países seguem nas redondezas dos escombros com cães adestrados.

O terremoto ocorreu a apenas 5 km da cidade e a uma profundidade de 4 km --o que tornou seus efeitos mais devastadores. Muitos prédios desmoronaram, incluindo a sede da TV local, e vários outros estão sob ameaça de ruir a qualquer momento. Ao menos 75 pessoas morreram, mas o número de vítimas deve aumentar.

Um cordão de isolamento foi colocado em torno do Hotel Grand Chancellor, de 26 andares, depois que um de seus lados caiu e as janelas ficaram penduradas a 45 graus. Engenheiros avaliaram a estrutura do prédio e diagnosticaram que ele se moveu três metros em apenas dez minutos. O hotel afirmou em comunicado que o hotel foi esvaziado logo após o terremoto e que "neste momento" não há relatos de feridos ou mortos.

A polícia reforçou o toque de recolher com o cair da noite, para evitar ondas de saque e que as pessoas circulem em uma área onde há risco de desmoronamentos.

A medida foi imposta a partir das 18h30 (2h30 em Brasília) em todo o distrito comercial de Christchurch "inteiramente por motivos de segurança devido ao grande número de prédios altamente instáveis na área". A polícia anunciou ter prendido ao menos seis na área por acusações de roubo e furto.

As estradas também foram muito atingidas e ao menos 18 pontes continuam fechadas.

Reuters
Equipes de resgate japonesas retiram vítima de escombros da Canterbury Television em Christchurch
Equipes de resgate japonesas retiram vítima de escombros da Canterbury Television em Christchurch

O prefeito de Christchurch, Bob Parker, disse que a cidade enfrenta decisões difíceis na reconstrução, mas que não será abandonada. "Nós teremos que nivelar quarteirões inteiros em algumas áreas."

Boa parte da cidade continua sem energia e sem água e centenas de pessoas fazem fila em supermercados para comprar suprimentos. O terremoto foi considerado o pior desastre natural da Nova Zelândia em 80 anos e os danos podem chegar a US$ 12 bilhões.

 

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