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24/02/2011 - 18h02

Deputados tentam destravar lei de direitos trabalhistas nos EUA

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os deputados democratas do Estado americano de Wisconsin concordaram na madrugada desta quinta-feira em limitar o debate sobre um projeto de lei que prevê acabar com o uso de sindicatos na barganha por benefícios para trabalhadores públicos. Medidas similares estão sendo avaliadas em outros Estados do meio-oeste e levaram centenas de trabalhadores e simpatizantes às ruas.

O acordo foi anunciado pouco depois das 6h (9h em Brasília) para tentar forçar o voto na lei depois de mais de 42 horas de debate. Democratas, que são minoria na Câmera dos Deputados estadual, não têm votos suficientes para barrar a medida quando o voto for realizado, então tentavam impedir o projeto de lei com um debate sem fim.

Chris Hondros/AFP
Trabalhadores protestam em Nova York em solidariedade aos colegas de Wisconsin, onde republicanos querem acabar com barganha de sindicatos
Trabalhadores protestam em NY contra republicanos que querem acabar com poder de barganha de sindicatos

O projeto de lei também está empacado no Senado, onde legisladores democratas chegaram a fugir do Estado para não serem obrigados a votar na impopular medida.

A batalha sobre os direitos trabalhistas está se espalhando por todo o país, a medida que os republicanos (agora maioria em vários Estados) tentam reverter o deficit do Orçamento. Os esforços republicanos levaram a grandes protestos de sindicatos e de seus apoiadores e democratas em Wisconsin e Indiana fugiram para bloquear a medida --membros dos sindicados são uma grande base eleitoral dos democratas e seu apoio será crucial nas eleições de 2012.

Dezenas de milhares de pessoas protestaram contra a medida por nove dias seguidos, com centenas passando a noite no chão do Capitólio enquanto o debate era exibido em monitores.

Muitos ainda dormiam quando o acordo para debater apenas 38 emendas, por não mais de dez minutos cada, foi anunciado. A expectativa é que a votação possa ser feita ainda nesta quinta-feira.

A passagem da lei na Câmera dos Deputados seriam uma grande vitória para os republicanos, mas a medida ainda precisa ser aprovada no Senado. Democratas da Casa chegaram a fugir na semana passada para evitar o voto. Oficiais da polícia de fronteira foram enviados às casas de vários senadores democratas para tentar forçá-los a voltar à sessão, mas os legisladores não podem ser presos por não comparecer.

Os republicanos precisam de ao menos um democrata presente para abrir a votação da lei. O senador democrata Jon Erpenbach, que estava em Chicago, disse que todos os 14 senadores estão fora do Estado e não vão voltar até que os republicanos estejam dispostos a fazer um acordo.

Em Indiana, os democratas conseguiram acabar na terça-feira (22) com uma lei republicana que proibiria estabelecer como condição para contratação fazer parte de um sindicato. Eles agora tentam derrubar outras partes da agenda do governador republicano Mitch Daniels, incluindo a proibição de barganhas coletivas de professores.

Em Ohio, os republicanos ofereceram uma pequena concessão nesta quarta-feira (23), dizendo que permitiriam que trabalhadores sindicalizados fizessem barganhas de maneira coletiva em questões salariais --desde que não envolvam benefícios, licenças ou férias.

O projeto de lei de Ohio está parado no comitê do Senado. Nenhum voto está marcado na agenda, mas milhares de manifestantes se reuniram diante da Casa para protestar.

Em Oklahoma, um comitê da Câmara dos Deputados aprovou uma legislação que proíbe barganha coletiva por direitos trabalhistas para os funcionários municipais das 13 maiores cidades.

 

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